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É melhor não fumar cigarro eletrônico de maconha, diz agência de saúde dos EUA

A FDA, a agência de saúde dos EUA, pede que pessoas parem de fumar cigarros eletrônicos e vaporizadores que contenham o princípio da maconha.

Homem expelindo fumaça após usar cigarro eletrônico/vaporizador

AP

É melhor não usar vaporizadores e cigarros eletrônicos contendo THC (tetraidrocanabinol, o psicoativo presente na planta da maconha), alerta a FDA (Food and Drug Administration), que é uma agência de saúde dos EUA. A entidade continua a investigar a recente epidemia misteriosa que causa uma doença misteriosa no pulmão, que parece estar associada com cigarros eletrônicos.

O CDC (Centro de Controle de Prevenção dos EUA) identificou mais de mil casos de doenças pulmonares associadas ao uso de cigarro eletrônico até o momento, resultando em 18 mortes. Doze dessas mortes foram vinculadas ao THC especificamente, de acordo com um relatório divulgado recentemente pelo órgão. Dos afetados, a maioria tem menos de 35 anos e 70% são homens, embora haja mais mortes registradas entre mulheres.

Embora a causa exata da doença permaneça desconhecida, investigadores federais vincularam 78% dos casos a dispositivos vaporizadores/cigarros eletrônicos de THC. Outro teste de laboratório recente também encontrou aditivos tóxicos nos cartuchos de THC do mercado negro. Além de evitar cigarros que contenham THC, a FDA alertou contra a adição de THC ou outros óleos aos cartuchos de cigarro eletrônico, além de reiterar que mulheres grávidas e adolescentes não deveriam fumar cigarro eletrônico, com THC ou sem a substância.

“São necessárias mais informações para entender melhor se existe um relacionamento entre produtos ou substâncias específicas e as doenças relatadas”, escreve a FDA. “Para ajudar a reunir e analisar o máximo de informações possíveis, a FDA está trabalhando em colaboração com parceiros federais e estaduais para identificar os produtos ou substâncias que podem estar causando as doenças”.

Governos estaduais já começaram a tomar medidas de precaução nas últimas semanas, porém este novo surto está agravando ainda mais as preocupações generalizadas de que a publicidade desses produtos viciantes está voltada para adolescentes. Nova York e Michigan proibiram os cigarros eletrônicos e vaporizadores de nicotina com sabor, que são populares entre os jovens, sendo os produtos da marca Juul uma das principais empresas a atender essa demografia e que interrompeu toda publicidade impressa e digital. O governador de Massachusetts foi além, determinando uma proibição de quatro meses de todos os produtos de cigarro eletrônico.

No Brasil, recentemente a Anvisa se pronunciou sobre o assunto, informando que iria solicitar aos hospitais informações sobre pessoas com problemas no pulmão causadas pelo uso de vaporizadores ou cigarros eletrônicos. Apesar de ser proibido pela agência, várias pessoas consomem este tipo de produto, na maioria das vezes adquirido via importação.

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