Ciência

Por que aviões comerciais não têm paraquedas para os passageiros

Entenda o motivo que faz as companhias aéreas não oferecerem paraquedas para os passageiros saltarem em caso de emergência
Imagem: Freepik/Reprodução

A segurança é uma das maiores preocupações no transporte aéreo e, por isso, muitos se perguntam por que os aviões comerciais não oferecem paraquedas para os passageiros em caso de emergência. Afinal de contas, durante qualquer problema grave a bordo, bastaria saltar. Porém, a resposta envolve uma série de fatores técnicos e práticos que tornam a ideia inviável.

whatsapp invite banner

O celular mais vendido da Amazon
Redmi Note 13 256G com 25% de desconto
R$ 1.186

Primeiramente, o uso de paraquedas requer treinamento especializado, explica a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Assim, não seria possível fornecer instruções adequadas a todos os passageiros antes de cada voo comercial.

Além disso, a ANAC também regulamenta os pilotos que podem atuar em ações com paraquedas. “A prática de paraquedismo requer o uso de aeronave adequada para salto e um piloto formalmente habilitado para a operação de lançamento”, diz em um comunicado.

Além disso, abrir as portas de um avião em pleno voo é extremamente perigoso devido à diferença de pressão, o que poderia comprometer a integridade estrutural da aeronave e a segurança dos passageiros.

Os aviões comerciais também voam a altitudes onde a pressão atmosférica é muito baixa, e as temperaturas podem atingir até -34°C. Nessas condições, a exposição ao ambiente externo sem equipamento de proteção adequado poderia ser fatal.

Além disso, o peso adicional dos paraquedas – que podem variar entre 7 e 18 kg cada – resultaria em um aumento significativo da massa transportada pelo avião, impactando o consumo de combustível e a eficiência do voo.

Paraquedas não seria tão efetivo quando se imagina

Acidentes aéreos são raros, mas quando ocorrem, muitas vezes são durante a decolagem ou o pouso, momentos em que não haveria tempo hábil para o uso efetivo de paraquedas.

A velocidade e a dinâmica de uma situação de emergência também dificultariam a distribuição e o uso ordenado dos paraquedas, aumentando o risco de pânico e lesões entre os passageiros.

Enquanto a ideia de paraquedas para passageiros pode parecer uma medida de segurança adicional, a realidade é que não seria nada prático ou seguro.

Andar de avião é mais seguro que dirigir um carro

Muita gente tem medo, mas a viagem aérea é o meio de transporte mais seguro do mundo. De acordo com um estudo da Universidade Harvard, um em cada 1,2 milhão de voos pode sofrer um acidente – com uma chance em 11 milhões de ser fatal.

Em comparação, as chances de um acidente de carro são 200 mil vezes maiores, chegando a uma em 5 mil.

Aqui no Brasil, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) registrou 386 acidentes aéreos entre janeiro de 2021 e julho de 2023 — totalizando 136 mortes.

Para comparação, somente em 2023, o país registrou mais de 67 mil acidentes de trânsito ocorridos somente em rodovias federais, vitimando mais de 5 mil pessoas.

As companhias aéreas mais seguras do mundo

Se você tem medo de voar, você pode escolher uma companhia aérea mais segura. O site Airline Ratings, por exemplo, listou as 20 empresas que menos tiveram acidentes em 2023, com a Qantas Airways em primeiro lugar. Em ordem, os nomes são:

  1. Qantas;
  2. Air New Zealand;
  3. Etihad Airways;
  4. Qatar Airways;
  5. Singapore Airlines;
  6. TAP Air Portugal;
  7. Emirates;
  8. Alaska Airlines;
  9. EVA Air;
  10. Virgin Australia/Atlantic;
  11. Cathay Pacific Airways;
  12. Hawaiian Airlines;
  13. SAS;
  14. United Airlines;
  15. Lufthansa/Swiss Group;
  16. Finnair;
  17. British Airways;
  18. KLM;
  19. American Airlines; e
  20. Delta Air Lines.

Entre as empresas que operam no Brasil, a GOL é a companhia aérea mais segura, segundo o Airline Ratings, seguida de Azul, LATAM, Avianca e Voepass.

O Giz Brasil pode ganhar comissão sobre as vendas. Os preços são obtidos automaticamente por meio de uma API e podem estar defasados em relação à Amazon.
Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas