Cultura

Quadro desaparecido há 100 anos é reencontrado e vai a leilão

Antes do leilão em 24 de abril, o quadro desaparecido terá exposições no Reino Unido, Suíça, Alemanha e Hong Kong
Imagem: im Kinsky/Divulgação

O quadro “Retrato de Fräulein Lieser”, uma das últimas obras do pintor austríaco Gustav Klimt, que estava desaparecido há quase cem anos, foi reencontrado. A obra estava em Viena, capital da Áustria, cidade em que Klimt vivia quando faleceu, em 1918.

Quem anunciou a descoberta foi a casa de leilões Im Kinsky. Os atuais donos descobriram a origem da pintura ainda em 2022, e informaram a casa de leilões.

Por trás do retrato

Klimt foi uma figura central do Modernismo Austríaco do fim século 19, elogiado mundialmente devido aos seus quadros que retratam mulheres de classe média e alta da virada do século. 

Gustav Klimt começou a pintar o retrato em questão no início de 1917. A pintura retrata uma jovem usando um vestido esverdeado e um casaco azul com flores vibrantes.

Aliás, muitos especulam que a mulher no quadro desaparecido é a filha do industrial alemão Adolf Lieser, que encomendou a pintura para comemorar seu aniversário de 18 anos. De acordo com a Revista do Instituto Smithsonian, pesquisas indicam que Lily Lieser, cunhada de Adolf, encomendou a obra para retratar uma de suas filhas.

Após a morte de Klimt, a família Lieser recebeu a pintura, que desapareceu do mapa depois de 1925. A família Lieser era judia e Lily morreu durante o Holocausto, dificultando as informações sobre a trajetória da pintura.

Segundo Claudia Mörth-Gasser, expert do Im Kinsky em arte moderna, não há evidências concretas sobre a exportação, confisco durante o período nazista.

O Smisthsonian afirma que um antepassado dos donos atuais adquiriu a pintura na década de 1960. A informação que se tem é que essa pessoa era austríaca.

Os donos do quadro firmaram um acordo confidencial com os descendentes da família Lieser em relação ao leilão com base nos Princípios de Washington sobre arte confiscada pelos nazistas.

Antes do leilão em 24 de abril, o quadro desaparecido terá exposições no Reino Unido, Suíça, Alemanha e Hong Kong.

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