Santa Ifigênia vira palco de overclock com nitrogênio líquido

No meio de uma galeria da Santa Ifigênia, um galão cheio de nitrogênio era virado a cada cinco minutos. A fumaça produzida chamava a atenção de todos os micreiros que passavam por ali, com olhares embasbacados. Não era exatamente um número de mágica, mas Alexandre Ziebert levou um processador Core i7 aos 5.5GHz. E quase […]

No meio de uma galeria da Santa Ifigênia, um galão cheio de nitrogênio era virado a cada cinco minutos. A fumaça produzida chamava a atenção de todos os micreiros que passavam por ali, com olhares embasbacados. Não era exatamente um número de mágica, mas Alexandre Ziebert levou um processador Core i7 aos 5.5GHz. E quase congelou o ambiente, deixando a máquina com -104 graus.

A demonstração tinha como intuito mostrar as capacidades do processador mais monstruoso da Intel, o Core i7 980X, da linha Extreme. Além de já contar com arquitetura de 32 nanômetros, a principal novidade são os seis núcleos físicos. Usando a mesma configuração, Ziebert tinha atingido 5GHz na última semana em evento no Rio de Janeiro. Mas por lá ele usou gelo seco e trabalhou o dia inteiro para chegar à marca. Haja paciência.

Hoje, a coisa foi diferente. Apesar de algumas travadas, o overclock chegou aos 5.5GHz sem muitas dificuldades, graças ao nitrogênio líquido. Colocado aos poucos, em doses comedidas para não estragar a brincadeira, o líquido chegou a deixar o processador com -104 graus – por pouco tempo, já que a máquina sequer ligava assim. Deixando numa média de -60 graus, o número de problemas diminuiu e, como o processador era destravado, poucos cliques e ajustes de tensão levaram o Core i7 à casa dos 5 gigahertz. Ziebert queria chegar aos 6GHz, mas as sequências de problemas não facilitaram sua vida. E, convenhamos, 5GHz roda com um pé nas costas todos os jogos que vocês costumam perguntar nos comentários.

A escolha do local é um aspecto que merece destaque. A Santa Ifigênia, em São Paulo, que já foi sinônimo de puro mercado negro, hoje está cheia de representantes oficiais que têm clareado as coisas por lá. E um evento de overclocking, voltado para um nicho tão específico de usuário, só poderia acontecer naquelas ruas. Esse tipo de demonstração é apenas para aqueles que babam por supermáquinas, apenas para testar os limites de um processador. Ou seja, esperamos que vocês não usem nitrogênio líquido em casa – por favor! – e fiquem apenas no Turbo Boost e afins. Mas sempre sabendo que é possível ir além.

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