São Paulo confirma três casos de variante de Manaus do coronavírus
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo confirmou três casos da nova variante do coronavírus detectada em Manaus. É a primeira vez que essa variante é encontrada em outro estado brasileiro, de acordo com o G1.
A confirmação foi feita pelo Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz. Segundo a Secretaria, os três casos são importados, pois são pacientes com histórico de viagem para Manaus ou residência na cidade. Os vírus encontrados são da linhagem P.1 e têm mutações nos genes que codificam a proteína spike, usada para se ligar aos receptores nas células humanas.
Acredita-se que a variante de Manaus tenha maior capacidade de transmissão do que as cepas do coronavírus que estavam em circulação anteriormente. A região vem enfrentando alta no número de hospitalizações, o que levou a faltar oxigênio nos hospitais.
Em geral, especialistas temem que as mutações no vírus aumentem o risco de reinfecção e diminuam o efeito imunizante fornecido pelas vacinas — os primeiros estudos, felizmente, mostram que parece não ser o caso. Além disso, existe a preocupação de que essa e outras variantes possam se tornar indetectáveis nos testes atualmente disponíveis.
Essa variante foi identificada pela primeira vez no Japão, em viajantes que tinham estado no Amazonas. A falta de testes e o pequeno número de sequenciamentos genéticos feito no Brasil dificultam a chamada vigilância genômica, que visa identificar mutações que possam ser mais letais ou transmissíveis. De acordo com o jornal El País, o Brasil realiza cem vezes menos sequenciamentos genéticos do que o Reino Unido, referencia mundial nesse tipo de detecção.
Este não é o primeiro caso de uma variante do coronavírus identificada em São Paulo. Em dezembro de 2020, dois casos da variante B.1.1.7, também conhecida como variante britânica, foram detectados na capital pelo laboratório Dasa. A variante do Reino Unido é preocupante porque parece ser mais transmissível. Recentemente, cientistas disseram que ela também pode ser mais letal.
[G1, CNN Brasil]