Ciência

Satélite traz imagem espacial inédita do interior de nuvem de tempestade

A imagem do satélite consegue mostrar exatamente onde ocorrem as diferentes fases da água
Imagem: ESA/Reprodução

Pouco menos de um mês após o seu lançamento, o satélite EarthCARE já mostrou ao que veio, divulgando uma imagem inédita da estrutura do interior de uma nuvem de tempestade.

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O satélite é fruto de uma parceria entre a ESA (Agência Espacial Europeia) e a JAXA (Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial).

Divulgada nesta quinta-feira (27), a imagem foi capturada pelo radar Doppler, que consegue identificar fenômenos meteorológicos. Mas o registro da nuvem de tempestade ocorreu no dia 13 de junho, na costa leste do Japão.

A imagem do satélite consegue mostrar exatamente onde ocorrem as diferentes fases da água. As partículas maiores ficam no centro da nuvem de tempestade.

Imagem da estrutura interior de nuvem de tempestade

O vermelho mais escuro representa a alta densidade dos cristais de gelo, flocos de neve e gotas de chuva. O verde e o azul representam a separação entre a chuva e as outras partículas. Imagem: ESA/Divulgação

Os dados do radar do satélite revelam a densidade do gelo, neve e chuva na nuvem de tempestade, bem como a velocidade da queda dessas partículas na Terra.

Pelas análises de velocidade do satélite, os cristais de gelo e flocos de neve ficam suspensos ou caem lentamente. De acordo com a ESA, a imagem do satélite mostra que é possível descrever a densidade e distribuição da nuvem de tempestade pelo tamanho e movimento de suas partículas.

Potencial do satélite

Além do radar Doppler, o satélite possui mais três instrumentos especialmente desenvolvidos para ampliar o estudo sobre o papel de nuvens no aquecimento da atmosfera da Terra. São esses: um radiômetro de banda larga, um LiDAR atmosférico e um gerador de imagens multiespectral.

De acordo com a ESA, os primeiros dados desses outros instrumentos vão aparecer nas próximas semanas.

“A meta da missão é ter os quatro instrumentos do satélite operando em sintonia para fornecer uma compreensão holística das interações altamente complexas entre nuvens, aerossóis, radiação solar e emissão de radiação termal para melhorar a previsão de tendências climáticas futuras”.

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