Simba, o leão, é resgatado de zoo na Ucrânia e já está a salvo na Romênia

Além do leão, um lobo também foi resgatado. Os animais viajaram quatro dias sem sedação pela falta de tranquilizantes no país.
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Imagem: Amir Khan Durrani vlogs/Reprodução/YouTube

Simba está a salvo! A guerra na Ucrânia tem mostrado que a cooperação e determinação dos ucranianos são os pontos fortes deste conflito. Além da preocupação com a retirada dos civis, defensores dos animais também não desistiram de salvar os bichos.

Prova disso é a força tarefa feita por grupos de direitos dos animais para resgatar de um zoológico ucraniano o leão Simba e um lobo chamado Akyla, que foram transferidos com sucesso do zoológico de Zaporizhzhia, na Ucrânia, para Radauti, na Romênia.

Segundo a equipe responsável pela retirada, a operação durou quatro dias e foi cheia de perigos, além da dificuldade burocrática na fronteira entre os países.

Devido à falta de tranquilizantes e outros suprimentos no país bombardeado pela Rússia, o leão e o lobo cinzento precisaram ser transportados acordados, sem nenhuma sedação. Foram quatro dias presos em gaiolas dentro de uma van.

Eles chegaram a um zoológico romeno em Radauti, na segunda-feira (21), e seguem por lá se recuperando dos últimos acontecimentos e descansando.

“Se há algo que essa guerra trouxe é uma cooperação incrível entre organizações”, disse Sebastian Taralunga, membro do grupo Animals International, um dos vários envolvidos no planejamento de retirada de animais, para a AP.

Após o sucesso da missão, Taralunga também comentou que “todo mundo concordou que em tempos extremos temos que ter medidas extremas e decidimos fazer o possível para tirar esses animais da guerra”.

Mas além dos diversos grupos que se mobilizaram para a retirada dos animais, cidadãos comuns e inclusive de outros países se oferecerem e ajudaram na operação.

Um exemplo foi a cooperação de dois homens do Reino Unido que se disponibilizaram a ajudar na primeira parte do transporte dos bichos. No primeiro momento, eles não acharam nenhum motorista da Romênia e nem da Ucrânia para o transporte. Eles mesmos, então, entraram no país e fizeram a operação.

“Não consegui encontrar um motorista da Romênia para ajudar, também na Ucrânia, então esses caras foram absolutamente fabulosos –eles colocaram suas vidas em perigo. Mas  chegaram em segurança aqui”, explicou Roxana Ciornei, presidente do grupo de direitos dos animais Patrocle’s House, com sede na Romênia.

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Além da travessia com os animais acordados, eles precisaram refazer um trajeto de montanhas após terem a entrada na fronteira de Siret, na Romênia, negada. Sem saída, precisam voltar boa parte do caminho e seguir outra direção. Isso acrescentou mil quilômetros a mais na jornada, mas no final, tudo deu certo.

“Foi uma equipe de pessoas agindo de boa fé para fazer todo o possível para resgatar esses animais”, disse Gabriel Paun, diretor da Animals International para a UE.

Leia também: Como a Ford está ajudando indiretamente a Ucrânia na guerra.

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