Ciência

Vídeo mostra construção de detector gigante de neutrinos na China

Novo observatório deve começar a detectar neutrinos até o final de 2024. Confira o vídeo timelapse da estrutura
Imagem: YouTube/Reprodução

O Observatório Subterrâneo de Neutrinos de Jiangmen — ou simplesmente “Juno” –, localizado 700 metros abaixo do solo em Kaiping, sudeste da China, está finalmente em fase final de construção.

O observatório, que custou US$ 376 milhões (cerca de R$ 1,8 bilhão), deve começar a detectar neutrinos até o final deste ano. Isso o tornará o primeiro de vários novos detectores de neutrinos que devem entrar em operação no mundo nos próximos anos. Outros dois, localizados no Japão e nos Estados Unidos, devem começar a coletar dados somente em 2027 e 2031.

O principal objetivo do Juno é ajudar os pesquisadores a determinar qual tipo de neutrino tem a maior massa e qual tem a menor, um dos maiores mistérios da física.

Um vídeo impressionante, publicado pela emissora chinesa CGTN mostra um timelapse com a construção do equipamento.

Veja o vídeo da construção de detector gigante de neutrinos:

Os neutrinos são partículas subatômicas conhecidas por sua capacidade de atravessar a matéria quase sem interação — o que lhes deu o apelido de “partículas fantasma”. A detecção dessas partículas é extremamente desafiadora, mas essencial para entender fenômenos astrofísicos como supernovas e a própria formação do Universo.

O principal objetivo do Juno é ajudar os pesquisadores a determinar qual tipo de neutrino tem a maior massa e qual tem a menor. Esse é um dos maiores mistérios da física. Por isso, resolver esse problema poderia ajudar os físicos a entenderem de forma mais profunda o que são os neutrinos e por que sua massa é tão pequena.

Além disso, os pesquisadores do Juno também planejam fazer isso medindo neutrinos que vêm de duas usinas nucleares, localizadas a mais de 50 quilômetros de distância do observatório, explica um artigo da revista Nature.

Outro objetivo é estudar neutrinos que vêm de outras fontes. Isso inclui, por exemplo, o Sol, a atmosfera, estrelas explodindo e processos de decaimento radioativo natural dentro da Terra.

Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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