1 ano de descobertas do James Webb: de fotos reveladoras a vapor d’água
O telescópio espacial James Webb começou a funcionar oficialmente em 1º de junho de 2022 e, desde então, tem ocupado o noticiário com imagens deslumbrantes e descobertas fantásticas do universo.
Não é por acaso: esse é o maior e mais potente telescópio espacial já feito: sua visão do espectro infravermelho permite enxergar objetos que estão a mais de 13 bilhões de anos-luz da Terra.
Desde o lançamento, em dezembro de 2021, o equipamento viu galáxias recém-formadas, sondou atmosferas de exoplanetas distantes e forneceu detalhes impressionantes do sistema solar. Mais recentemente, ele detectou vapor de água em um cometa entre Marte e Júpiter.
Em 1º de junho de 2022, a NASA anunciou que o telescópio entrou em operação após o processo de calibração. Depois, foram muitas descobertas desde a primeira imagem científica, divulgada em 11 de julho. De lá para cá, muitas outras vieram – e ainda há muito a desbravar no universo profundo.
A seguir, relembre os dez principais achados do telescópio espacial James Webb e veja o que os técnicos da NASA esperam para o futuro dessa tecnologia revolucionária.
Estreia
Em 11 de julho de 2022, a NASA divulgou a primeira foto em cores do James Webb. E não era qualquer coisa: a imagem é o mais detalhado registro de campo profundo já feito. Um estudo lançado em novembro mostrou que algumas estrelas dessa imagem podem ser as mais antigas do universo.
Penhascos cósmicos
No dia seguinte, outra revelação de encher os olhos: registros feitos de galáxias distantes a instrumentos NIRCam e MIRI do telescópio. Entre eles, os “penhascos cósmicos” na nebulosa Carina. Veja mais aqui.
Um Júpiter inédito
Ao mirar para Júpiter, em agosto do ano passado, o James Webb identificou detalhes nunca antes vistos das luas, auroras e até mesmo tempestades do planeta vizinho.
Foto de Júpiter tirada pelo Telescópio Espacial James Webb. Imagem: NASA, ESA, CSA, Equipe Jupiter ERS; processamento de imagem por Ricardo Hueso (UPV/EHU) e Judy Schmidt/Reprodução
Encontrou CO2 fora do sistema solar
O telescópio encontrou CO2 (dióxido de carbono) – um elemento essencial à vida – pela primeira vez em um planeta fora do sistema solar em 26 de agosto. O composto foi encontrado na atmosfera do WASP-39 b, um corpo celeste localizado a 700 anos-luz de /y6distância da Terra.
Nascimento de estrelas
Em setembro, o James Webb registrou um berçário estelar, mais tarde apelidado carinhosamente de Nebulosa de Tarântula, em referência aos filamentos que lembram as teias dos aracnídeos.
Pilares da criação
Provavelmente uma das imagens do James Webb que mais deram o que falar. O equipamento mirou um berçário estelar na Nebulosa da Águia, a 6,5 mil anos-luz da Terra. A estrutura já tinha sido capturada pelo telescópio Hubble em 1995 e 2014, mas a visão infravermelha do James Webb conseguiu captar detalhes nunca vistos.
“Saturno Quente”
Em novembro, James Webb conseguiu identificar elementos presentes na atmosfera do planeta WASP-39b, também conhecido como “Saturno Quente”. Entre os compostos estão água, dióxido de enxofre, monóxido de carbono, sódio e potássio. Foi a primeira vez que um telescópio encontrou compostos químicos em exoplanetas.
Primeiro exoplaneta
O primeiro exoplaneta identificado pelo James Webb é o LHS 475b. O astro orbita uma estrela que fica fora da Via Láctea, é rochoso e não parece ter atmosfera. Também fica bastante próximo da Terra, a apenas 41 anos-luz de distância.
Galáxia parecida com a Via Láctea
Em fevereiro deste ano, cientistas viram através do James Webb uma galáxia parecida à formação da Via Láctea em sua infância. A descoberta deve ajudar pesquisadores a estudar como o sistema solar evoluiu.
Vapor d’água
A última grande descoberta do James Webb foi o vapor de água ao redor de um cometa no Cinturão Principal de Asteroides, um conjunto de rochas espaciais que fica entre Marte e Júpiter.
Não foi a primeira vez. No começo de maio, o telescópio viu vapor de água próximo ao exoplaneta GJ 486b. O astro orbita uma estrela anã vermelha a 26 anos-luz de distância, na direção da constelação de Virgem. Agora os cientistas tentam descobrir o que está causando o vapor nessas duas regiões.