Após polêmica com Joe Rogan, Spotify compra empresa para detectar fake news
O cerco ao conteúdo nocivo vai aumentar. Podcasts e outros formatos de áudio do Spotify vão passar pelo crivo da plataforma Kinzen, anunciou o streaming nesta quarta-feira (5).
A empresa baseada na Irlanda foi comprada pelo Spotify para detectar e lidar com conteúdos prejudiciais, como fake news, e discurso de ódio online. O sistema usa aprendizado de máquina e experiência humana para analisar os conteúdos em vários idiomas e países.
Segundo o Spotify, a plataforma conseguirá driblar o desafio que é procurar por possíveis violações nos áudios feitos por pessoas em centenas de idiomas.
“A aquisição da Kinzen nos ajudará a entender melhor o cenário de abusos e identificar ameaças emergentes na plataforma”, diz o comunicado.
O Spotify estabeleceu uma parceria com a Kinzen em 2020. À época, o objetivo era evitar desinformação no conteúdo sobre as eleições dos EUA.
Foi antes da polêmica com o apresentador Joe Rogan, que espalhou informações falsas sobre a vacina da Covid-19 em seu podcast no começo deste ano. A reação negativa fez com que o streaming começasse a adicionar um aviso nos episódios de podcasts que discutiam sobre a pandemia.
Mas isso não foi suficiente para vários artistas, como Neil Young e Joni Mitchell, que retiraram suas músicas da plataforma em protesto ao podcast de Rogan.