Novos MacBooks e iPads podem chegar com atraso por escassez de chips

Se até a Apple, que mantém uma boa relação com a indústria, está enfrentando dificuldades, é porque a coisa está piorando.
Apple MacBook Pro
Imagem: Alex Cranz/Gizmodo

Além de todos os problemas provocados pela crise sanitária da pandemia de covid-19, um em especial atingiu em cheio a indústria de eletrônicos: faltam chips para a fabricação de novos dispositivos. No caso da Apple, isso causou um atraso na chegada da linha iPhone 12 em 2020. E no que depender do cenário atual, deve acabar sobrando também para os novos iPads e MacBooks.

Fontes próximas à Apple disseram ao site Nikkei Asia, a Apple tem feito o que pode para suprir a demanda de componentes usados na produção de seus produtos. No entanto, nem mesmo isso tem sido suficiente, e que as linhas MacBook e iPad serão as próximas afetadas pela escassez de chips. No caso dos MacBooks, “a montagem de alguns componentes em placas de circuito impressas” tem sido duramente prejudicada.

Com o iPad, nada muito diferente. O veículo afirma que faltam telas e peças relacionadas ao display do tablet. O que não é tanta surpresa assim, uma vez que houve uma queda considerável no fornecimento de painéis nos últimos meses.

Embora não se saiba quais versões de MacBook ou iPad tenham sido afetadas pela falta de componentes, o Nikkei Asia diz que a Apple adiou o recebimento de uma parte dos pedidos de peças do primeiro para o segundo semestre deste ano — essas peças seriam usadas na fabricação do notebook e do tablet da companhia.

O resultado disso? É bem provável que a Apple adie em alguns meses, talvez até em um semestre inteiro, a chegada de novos MacBooks e iPads. Tradicionalmente, os iPads costumam ser apresentados em um evento no final de março, que agora em 2021 acabou não acontecendo. Os MacBooks apareciam no meio do ano, mas em 2020 isso só aconteceu nos últimos meses.

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Até o momento, a produção de iPhones segue o cronograma e, se for igual ao ano passado, talvez chegue com cerca de um mês de atraso, em outubro, mas dentro do cenário previsto do ano passado, quando a empresa revelou o iPhone 12 naquele mesmo mês. Vale lembrar que, até 2019, os iPhones principais sempre eram anunciados em setembro.

A questão é que não é possível contar com o planejado porque a escassez de chips é um problema global, e não exclusivo da Apple. O que chama atenção é que, para essa falta de componentes ter chegado à companhia, que mantém uma boa cadeia de suprimentos com a indústria, a situação está ficando cada vez pior. Tão ruim que algumas previsões de analistas sugerem que não veremos uma melhora pelo menos até 2022.

[Nikkei Asia, Tom’s Hardware]

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