Até 2045, seu cérebro terá conexão com a internet, diz cientista futurista
Muitos pesquisadores ao redor do mundo se concentram em desvendar os segredos do cérebro humano. Além de estudos a respeito do funcionamento do órgão, alguns cientistas buscam maneiras de expandir suas capacidades para, dessa forma, levar a humanidade a um nível completamente novo.
O centro do nosso sistema nervoso funciona de maneira extremamente complexa e conta com 86 bilhões de neurônios ligados por mais de 1.000 conexões sinápticas. No entanto, para o cientista da computação, Ray Kurzweil, o cérebro ainda não atingiu todo o seu potencial.
Segundo o pesquisador, o órgão pode atingir um novo nível evolutivo através do poder da tecnologia: com a implementação de uma interface artificial. A técnica, que mais parece ter saído de filmes de ficção científica, consiste em implantes de dispositivos tecnológicos para tornar o órgão apto a acessar os 147 zettabytes de dados disponíveis na internet.
Kurzweil acredita que a integração do cérebro com a tecnologia poderia ser muito benéfica para a humanidade. Um dos principais ganhos séria o acesso às informações disponíveis na internet de maneira instantânea. Isso poderia transformar completamente a forma como as pessoas adquirem e são expostas ao conhecimento.
O cientista ainda projeta que apenas uma polegada de nanotubos é capaz de tornar a mente humana “cem milhões de vezes mais poderosa”. Ele ainda acredita que a humanidade pode chegar em um estágio, onde todas as pessoas estarão, de certa forma, interconectadas em um tipo de “supercérebro”. Neste ponto, a espécie poderia eliminar todas as diferenças e, finalmente, passar a se entender melhor.
Nanotecnologia
Para atingir este estágio, os pesquisadores querem usar nanorrobôs para construir esta interface artificial conectada ao cérebro. Sua utilização, no entanto, pode esbarrar em obstáculos regulatórios e preocupações com relação ao impacto na saúde das pessoas.
Assim como acontece com os implantes cerebrais de empresas como Neuralink, por exemplo, mesmo com os potenciais benefícios da tecnologia, as autoridades de sanitárias fazem jogo duro para liberar a ampla utilização. O uso dos nanorrobôs no cérebro vem sendo objeto de estudos de muitos especialistas. No entanto, a implementação é muito mais complexa que o uso de microchips, pois consiste em uma unidade dentro de cada célula.
Nuno Martins, pesquisador com um dos trabalhos mais reconhecidos no campo, sustenta que, considerando o rápido desenvolvimento tecnológico dos últimos anos, a integração de nanotecnologia ao cérebro está seguindo um caminho bastante promissor. Por sua vez, Kurzweil acredita que, dado ao ritmo de evolução das tecnologias, será possível colocar a técnica em prática para expandir os limites do cérebro humano já em 2045.
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