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Brasil bate recorde na produção de petróleo e gás; confira os números

Aumento foi de 4,3% e superou o recorde anterior registrado em junho
Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Brasil bateu um novo recorde na produção de petróleo e gás, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pela ANP (Agência Nacional do Petróleo). A produção do pré-sal, que é retirado de reservas petrolíferas que fica debaixo de uma profunda camada de sal, também foi recorde.

De acordo com a ANP, foi produzido um total de 3,513 milhões de barris de petróleo por dia — um aumento de 4,3% na comparação com o mês anterior e de 18,6% em relação a julho de 2022. A maior produção registrada até agora foi a de junho de 2023, com 3,367 milhões de barris ao dia.

A produção de gás natural em julho foi de 154,076 milhões de metros cúbicos por dia, um acréscimo de 1,2% em relação a junho de 2023 e de 13,6% na comparação com julho de 2022.

Também foi o maior volume até hoje, superando o de junho de 2023: 152,258 milhões de metros cúbicos por dia.

Pré-sal

A produção total (petróleo + gás natural) no pré-sal, em julho, foi de 3,359 milhões de barris de óleo equivalente por dia e correspondeu a 74,9% da produção brasileira.

Esta foi a maior registrada, superando, portanto, a de fevereiro de 2023. No começo do ano, o Brasil extraiu 3,268 milhões de barris de óleo equivalente por dia.

Além disso, houve aumento de 3,5% em relação ao mês anterior e de 16,6% na comparação com o mesmo mês de 2022. O país produziu 2,638 milhões de barris diários de petróleo e 114,8 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural por meio de 142 poços.

De onde vem a produção de petróleo

Em julho, os campos marítimos produziram 97,6% do petróleo e 85,8% do gás natural. A Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, foi responsável por 88,47% do total produzido nos campos que opera. Além disso, a produção teve origem em 6.424 poços, sendo 515 marítimos e 5.909 terrestres, mostram dados.

Do mesmo modo, no mês de julho, o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás. Ele registrou 865,71 mil barris diários de petróleo e 41,63 milhões de m³/dia de gás natural.

Preço sobe mesmo com produção em alta

Após o reajuste de 16,3% da gasolina pela Petrobras, válido desde o último dia 16, o preço médio do combustível no Brasil é de R$ 5,82 por litro neste final de agosto. Ao todo foram sete reajustes consecutivos nos últimos 39 dias.

O litro da gasolina vendido pelas refinarias privadas está custando, em média, 11,7% mais caro do que o da Petrobras. A diferença é de R$ 0,34, contudo, ela varia de acordo com a região.

Os dados são de um levantamento do OSP (Observatório Social do Petróleo), que monitora os aumentos sucessivos no preço dos combustíveis.

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Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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