Ciência

Chineses encontram microplásticos em amostras de sêmen humano

O autor do estudo destaca que os microplásticos no sêmen demonstram uma redução significativa no número de espermatozoides
Imagem: YouTube/Reprodução

Uma equipe de pesquisadores da China encontrou microplásticos em todas as amostras de sêmen humano que testaram. No estudo publicado na última sexta-feira (7), na revista acadêmica Science of the Total Enviroment, os pesquisadores usaram 36 amostas de sêmen de homens adultos saudáveis.

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Estudos anteriores já mostravam a onipresença de microplásticos em vários lugares e em todos os órgãos do corpo humano. Uma descoberta recente mostra que a média de consumo de plástico por pessoa por semana é quase o tamanho de um cartão de crédito.

Além disso, cientistas já informaram que os plásticos podem entrar no corpo humano por várias formas de ingestão, citando ser praticamente impossível evitar a ingestão. Contudo, os impactos à saúde continuem desconhecidos, embora muitos profissionais suspeitem que a ingestão de microplásticos possam ser a causa por trás de várias doenças inflamatórias.

Esse estudo mais recente da China foca no impacto de microplásticos na fertilidade. Os pesquisadores realizaram os testes na cidade de Jinan, usando amostras de sêmen de homens que não trabalham na indústria de plástico.

Os pesquisadores misturaram as amostras com uma solução química para depois realizar uma análise individual usando o microscópio. Além de todas as amostras de sêmen conterem microplásticos, os pesquisadores também encontraram oito tipos diferentes de plástico, sendo o poliestireno o mais comum. 

Partículas de PVC são um risco

O estudo descobriu que amostras de sêmen que continham PVC (policloreto de vinil) apresentaram uma baixa motilidade de espermatozoides. A motilidade é a capacidade que o organismo tem de se movimentar de maneira autônoma. Portanto, a descoberta pode ajudar a explicar a queda nas taxas de fertilidade.

O autor do estudo destaca que os microplásticos no sêmen demonstraram uma redução significativa no número de espermatozoides em testes feitos com camundongos. Assim, indica que a exposição aos microplásticos podem ser um risco “cumulativo e crônico à saúde reprodutiva masculina”.

Além disso, um estudo feito na Itália, em março, alertou para os potenciais efeitos dos microplásticos no organismo, que aumentam o risco de derrames, ataques cardíacos e mortes precoces.

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