Cientistas britânicos revelam novos sintomas da variante ômicron

Tosse seca, febre alta e perda de olfato. Apesar de serem sintomas "clássicos" da Covid, dados de uma pesquisa feita em Londres indicam que, hoje, eles aparecem só na metade dos casos
Sintomas ômicron
Imagem: Pixabay/Reprodução

Há alguns meses, a lista de sintomas que eram sinônimo de Covid-19 envolviam tosse seca, febre alta e perda de olfato e paladar. Hoje, com a chegada das vacinas e também com a variante ômicron — e um maior número de mutações no vírus pelo mundo –, esses sintomas já são outros. 

Uma pesquisa britânica revelou que, hoje, apenas 50% dos infectados ainda experimentam os sintomas clássicos da doença. A análise foi feita a partir de informações cedidas por voluntários no aplicativo ZOE COVID, financiado pelo governo do Reino Unido. 

O estudo é preliminar, ou seja, não foi revisado por pares e nem mesmo publicado em uma revista científica. O número de participantes da pesquisa também não foi divulgado.

No estudo, os cientistas focaram em dados de Londres, onde a prevalência da variante ômicron é mais alta do que em outras regiões do Reino Unido. Os dados recentes foram comparados com aqueles obtidos em outubro, quando a variante delta era dominante.

Não foram vistas diferenças significativas entre as duas variantes. No entanto, os cientistas mostraram que os sintomas causados pela variante ômicron são mais leves do que aqueles vistos no início da pandemia. Na verdade, eles lembram um resfriado comum, com coriza, dor de cabeça e espirros.

À primeira vista, isso parece positivo, mas não é bem assim. As chances de desenvolver a doença de forma grave são bem menores, mas a ômicron já se mostrou muito mais transmissível que a delta, por exemplo. Para ter uma noção, a nova variante já foi detectada em mais de 110 países.

Por conta disso, é importante que potenciais pacientes procurem fazer o teste para Covid-19 — seja o RT-PCR ou antígeno — mesmo com sintomas leves. Continuar espalhando o vírus sem ter confirmação sobre seu status de saúde pode fazer com que o número de casos volte a subir — sobrecarregando hospitais por tabela.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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