Cientistas listam quatro passos para acordar se sentindo bem

Equipe testou 833 participantes, a maioria deles irmãos gêmeos. Foram analisados padrões de sono, alimentação, níveis de glicose e atividade física, por duas semanas
Quatro passos para acordar se sentindo bem
Imagem: Bruce Mars/Unsplash/Reprodução

Pesquisadores americanos e europeus investigaram se a disposição ao acordar tem influências genéticas ou é consequência de outras ações. Ao final do estudo, perceberam que a segunda hipótese é a correta. 

A equipe fez um teste com 833 participantes, sendo a maioria deles irmãos gêmeos. Os voluntários tiveram os padrões de sono, alimentação, níveis de glicose e atividade física monitorados por duas semanas. 

E lá estava a resposta: a duração e a qualidade do sono eram fatores decisivos para a pessoa acordar de bem com a vida. Quando o voluntário dormia por mais tempo ou acordava mais tarde do que o normal, seus níveis de alerta pela manhã eram afetados. 

O café da manhã também era importante. Quanto maior a quantidade de carboidratos no café da manhã, melhor era a disposição do voluntário. O contrário foi visto para aqueles que consumiam mais proteínas ao acordar. 

A equipe também usou uma bebida à base de glicose para investigar como os níveis de açúcar no sangue influenciavam na disposição. Então, notaram que o aumento desses níveis pela manhã era negativo para os participantes do estudo, que ficavam menos atentos após a ingestão.

Os pesquisadores observaram ainda que a quantidade de exercícios físicos realizada no dia anterior afetava positivamente a maneira como as pessoas acordavam. Quanto mais atividades eram feitas – principalmente nos períodos da manhã e tarde –, melhor era a qualidade do sono do indivíduo e também sua disposição ao acordar. 

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Os resultados foram publicados na revista científica Nature Communications. Para chegar aos dados, os cientistas ofereceram as mesmas refeições aos participantes, usaram um relógio para analisar sono e atividade física e também aplicaram um medidor contínuo de glicose no sangue.

Os níveis de alerta pela manhã, no entanto, foram apenas relatados a partir de entrevistas. Isso significa que os participantes descreveram como se sentiram, mas não tiveram a disposição avaliada por instrumentos científicos. Estudos futuros devem analisar como cada fator citado afeta a maneira como as pessoas acordam.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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