Como um smartphone comum pode virar um microscópio; veja fotos
Pesquisadores da Universidade Winona State, nos Estados Unidos, revelaram como é possível transformar um smartphone ou tablet comum num microscópio de fluorescência.
Os microscópios de fluorescência podem custar milhares de dólares. Mas o grupo desenvolveu o “glowscope”, que custa entre US$ 30 e US$ 50 e pode improvisar o mesmo efeito.
A novidade consiste em um pequeno acessório com moldura de acrílico e madeira compensada feito para ser encaixado em tablets e celulares. O acessório utiliza uma lanterna LED recreativa com filtros de iluminação da câmera do dispositivo para construir um microscópio de fluorescência.
Em demonstrações, a solução conseguiu aumentar cerca de cinco vezes a visão de embriões de peixe-zebra de dois a três milímetros de comprimento. O acessório permitiu enxergar a medula espinhal, o rombencéfalo (parte do tronco encefálico) e o tecido cardíaco do animal.
Melhorando a qualidade do vídeo através de um software gratuito, os pesquisadores ainda puderam medir os batimentos cardíacos e os movimentos de câmaras cardíacas individuais.
Devido à sua montagem simples e ao baixo custo, a equipe acredita que o aparato pode se tornar um recurso acessível para escolas. E, além disso, complementar os equipamentos de laboratórios profissionais. Para ajudar, os autores disponibilizaram as instruções e a lista de materiais para a montagem de filtros de microscópio de fluorescência em qualquer lugar.
Microscópios para celulares também estão disponíveis para venda na Amazon. Veja aqui.
Confira imagens do glowscope abaixo:
Os pesquisadores defendem que, mesmo que não sejam usados para cientistas profissionais, os dispositivos podem servir como uma introdução á ciência microscópica. “O uso de dispositivos como os glowscopes pode apoiar esses objetivos de permitir que os alunos aprendam sobre ciência fazendo ciência. Dessa forma, os alunos construirão sua própria compreensão dos conceitos, em vez de tentar absorver as informações fornecidas em formato de aula”, escreveu a equipe no artigo, publicado na revista Scientific Reports.