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Consumo (moderado) de cerveja pode prevenir Alzheimer, revela estudo

Relação está no lúpulo, que dá amargor à cerveja; substâncias da planta parecem barrar o acúmulo de proteínas que causam Alzheimer

Consumo (moderado) de cerveja pode prevenir Alzheimer, revela estudo

Imagem: Josh Olalde/Unsplash/Reprodução

Uma pesquisa da Universidade Milano-Bicocca, da Itália, descobriu que beber cerveja pode reduzir o risco de desenvolver doenças neurodegenerativas, como demência e Alzheimer, ao longo da vida. 

Segundo o estudo, publicado na revista ACS Chemical Neuroscience no final de outubro, o amargor dessas bebidas impede a aglutinação de proteínas ligadas ao Alzheimer. A doença começa quando o acúmulo de proteínas anormais causa a morte de células nervosas no cérebro humano. 

O componente responsável por impedir que isso aconteça está nos extratos de flores de lúpulo, presente na grande maioria das cervejas. Essas plantas têm antioxidantes naturais que podem proteger as células do corpo. 

A espécie de lúpulo Tettnang, cultivada na Alemanha, é especialmente eficaz contra doenças neurodegenerativas, mostrou a pesquisa. A planta, usada nas cervejas Amber e Light Lager, parece eliminar os aglomerados de proteína com mais facilidade.  

Isso porque as flores de lúpulo da Tettnang possuem nutracêuticos – alimentos que desempenham funções medicinais ou nutricionais – capazes de afetar o acúmulo de proteínas beta amiloides no cérebro humano.

Ao expor a planta às células nervosas humanas e proteínas amiloides, a espécie de lúpulo alemã teve o melhor desempenho em barrar a concentração das placas que ocasionam o Alzheimer. 

Significa que devemos beber mais cerveja? 

Na verdade, não. Os pesquisadores deixaram claro que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode causar problemas cognitivos. O motivo: o álcool diminui a massa branca cerebral, que é a que envia sinais para diferentes partes do cérebro. 

Mas a pesquisa sobre o Alzheimer e a cerveja traz, sim, evidências importantes sobre o consumo de lúpulo. As descobertas não sugerem que o consumo de cerveja deve aumentar, mas que extratos da planta podem entrar em outros alimentos para reduzir o risco de doenças neurodegenerativas. 

No Brasil, quase 1,2 milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência. Todos os anos, são 100 mil novos casos. 

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