Curiosity há 10 anos em Marte: o que o rover já revelou do planeta

Na última década, o robô da NASA atingiu sua principal meta: detectar bioassinaturas no planeta vermelho. Veja mais
Rover Curiosity da NASA completa 10 anos em operação.
Imagem: NASA/JPL-Caltech/MSSS/Jason Major)/Reprodução

O rover Curiosity, da NASA, pousou em Marte em agosto de 2012. O robô tinha como principal objetivo determinar se o planeta vermelho foi habitável no passado. Para isso, ele foi programado para procurar por bioassinaturas – evidências de presença de vida extraterrestre, como água e oxigênio. 

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Curiosity não só cumpriu sua missão, como ainda foi responsável por proporcionar diversas imagens de Marte a astrônomos. Confira alguns de seus principais feitos:

Detectou bioassinaturas

Oo rover Curiosity encontrou em Marte todas as moléculas necessárias para a manutenção de vida, como o carbono orgânico, o nitrogênio e o enxofre. 

Para encontrar tais sinais, o robô retira uma amostra de rocha do ambiente. Depois, realiza uma análise com auxílio de suas ferramentas de espectrometria Sample Analysis at Mars (SAM) e Chemistry and Mineralogy (CheMin).

Encontrou formas de evitar a radiação

Nem só de amostras e fotografias vive um rover. O Curiosity possui também detectores de radiação e sensores que o ajudam a avaliar as condições ambientais e atmosféricas do planeta. 

Enquanto o robô passeava por falésias e morros marcianos, percebeu que certas formações geológicas evitavam que a radiação alcançasse sua lataria. A descoberta pode auxiliar cientistas no futuro durante uma possível instalação de vida em Marte. 

Basicamente, o rover encontrou locais em que os astronautas poderiam construir sua colônia sem correr maiores riscos. Outro ponto para o robô.

Fotografou nuvens…

As nuvens são raras em Marte e costumam aparecer apenas na época mais fria do ano. Mas o rover Curiosity conseguiu capturá-las em 2021, quando surgiram de forma precoce. Assim, tivemos um vislumbre de um dia nublado no planeta vermelho.

Essas nuvens recebem a denominação de crepusculares (noctilucentes) e madrepérolas (iridescentes). As primeiras ficam mais brilhantes à medida que se enchem de cristais e escurecem depois que a posição do Sol no céu cai abaixo de sua altitude. Já as segundas adquirem tons pastéis cintilantes devido as suas partículas, que são todas quase idênticas em tamanho.

… e outros objetos inusitados 

Flor, colher, esquilo e até plástico em Marte? O rover Curiosity fez muitos cientistas quebrarem a cabeça na última década ao fotografar itens inusitados no planeta. 

Claro, tudo se tratava de uma ilusão de ótica. O fenômeno psicológico em que nós, humanos, enxergamos formas reconhecíveis em objetos que não estamos familiarizados recebe o nome de pareidolia. No final, as fotos do rover apontavam apenas para rochas.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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