Estas fotos capturam em detalhes os reflexos brilhantes das penas dos pavões

O fotógrafo canadense Waldo Nell capturou a estrutura microscópica por trás dos extraordinários tons das penas dos pavões em uma série de fotos.

Pavões são aves fantásticas e admiradas principalmente por sua plumagem colorida. O fotógrafo canadense Waldo Nell capturou a estrutura microscópica por trás dos extraordinários tons das penas em uma série de fotos.

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As imagens revelam o fenômeno chamado iridescência, que também pode ser visto nas asas das borboletas, libélulas, cigarras e alguma espécies de besouros. Estruturalmente, é algo similar aos cristais fotônicos. Esses materiais possuem uma estrutura reticular altamente precisa que faz com que a luz reflita na superfície e crie essa percepção de diversas cores no olho humano. Eles bloqueiam certas frequências de luz e deixam outras passar, por isso as cores mudam de acordo com o ângulo.

Certos cristais fotônicos que ocorrem na natureza – como os que são encontrados nas asas do martim-pescador ou na tulipa negra – não dependem do ângulo de visualização. Eles dispersam luz seletivamente, de forma semelhante a uma grade de difração. O efeito é parecido com o que acontece quando a luz cai sobre os minúsculos sulcos dos CDs e que dão aquele efeito de arco-íris. As penas do pavão também possuem essa estrutura única – daí sua iridescência de muitas cores.

Nell já tinha fotografado as penas de pavões antes, mas com uma ampliação menor. Desta vez, ele quis capturar mais da estrutura microscópica, mostrando “como cada segmento de uma bárbula pode ter uma cor diferente”, contou ao Gizmodo. Ele não tinha um microscópio eletrônico à disposição, mas sua Olympus BX 53 conseguiu dar conta do recado. A câmera tinha uma limitação na profundidade de campo e para ter uma imagem bem definida, ele usou uma técnica chamada focus stacking: tira-se dezenas de fotos em diversos pontos focais e depois as reúne.

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Nell é engenheiro de software, mas é fascinado por fotografia desde criança. Quando ele comprou sua primeira câmera digital em 2000 (uma Fujifilm de 2.1 megapixels), teve a oportunidade de explorar seu lado criativo. Desde então tem feito diversos projetos “capturando desde as menores bactérias até Vênus passando pelo Sol”. Você pode ver outros trabalhos do canadense neste link.

[Colossal]

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