Esqueletos de vítimas do Vesúvio são encontrados nas ruínas de Pompeia

Encontrados em uma antiga despensa, os dois esqueletos estão bem preservados e são de homens com 55 anos que morreram no terremoto
Esqueletos de vítimas do Vesúvio são encontrados nas ruínas de Pompeia
Imagem: Pompeii Archaeological Park/Divulgação

Arqueólogos italianos encontraram dois esqueletos durante novas escavações nas ruínas da antiga cidade romana de Pompeia. Os restos mortais estavam mais especificamente na Insula dei Casti Amanti, em uma área composta por um aglomerado de casas e de uma antiga padaria.

Os esqueletos são de homens com pelo menos 55 anos de idade, vítimas do terremoto que acompanhou a erupção do monte Vesúvio, em 79 d.C. Eles foram encontrados lado a lado, no chão de uma despensa. Provavelmente, o local não estava em uso no momento, devido a reformas em andamento na casa.

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Esqueletos encontrados nas últimas escavações estavam bem preservados. Imagem: Pompeii Archaeological Park/Divulgação.

Acredita-se que as vítimas se refugiaram na despensa em busca de proteção. Porém, eles morreram em decorrência dos múltiplos traumas causados pelo desabamento das paredes e do teto do edifício. Um dos esqueletos está até com um braço erguido, o que indica uma tentativa de se proteger do desabamento.

Junto aos esqueletos bem preservados, os arqueólogos encontraram vários objetos. Entre eles, estavam ânforas, vasilhas e tigelas. Também foram encontradas cinco contas de vidro — que provavelmente fizeram parte de um colar — e seis moedas — duas delas datadas de meados do século 2 a.C. e outras mais recentes.

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As vítimas tentaram se refugiar em uma despensa, mas morreram devido aos traumas causados pelo desabamento do edifício. Imagem: Pompeii Archaeological Park/Divulgação.

Chuva de pedras

A erupção do Vesúvio em 79 d.C. começou na manhã de um dia de outono. Por volta das 13h, teria se formado uma coluna de erupção com dezenas de quilômetros de altura. Em seguida, caiu uma chuva de fragmentos de pedras. 

Estima-se que a chuva de pedras, a nuvem de gás quente que atingiu a cidade e o terremoto ocorrido durante o estágio inicial da erupção teriam dizimado até 20% da população de Pompeia.

As ruínas da cidade, a sudeste da atual Nápoles, foram descobertas no século 16 – e as primeiras escavações começaram em 1748. De lá pra cá, arqueólogos encontraram mais de 75% das 2 mil vítimas estimadas. 

A última vez que isso aconteceu foi em novembro de 2020, quando se descobriu os esqueletos de dois homens (provavelmente um homem rico e um escravizado), que teriam morrido no dia seguinte da erupção inicial.

“As técnicas modernas de escavação ajudam a esclarecer o inferno que em dois dias desceu sobre Pompéia e levou à destruição total da cidade, matando muitos de seus habitantes”, disse Gabriel Zuchtriegel, diretor do parque arqueológico de Pompeia, em comunicado. “[Com elas,] podemos obter uma visão dos momentos finais daqueles que perderam a vida.”

Para Gennaro Sangiuliano, ministro italiano da cultura, “a descoberta dos restos mortais […] mostra o quanto ainda há para descobrir sobre a terrível erupção de 79 d.C. e confirma a necessidade de continuar a investigação científica e as escavações”.

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