Ciência

Estudo diz que donos são mais apegados a cães do que gatos. Concorda?

Ao menos nos lares do Reino Unido, da Dinamarca e da Áustria, cães recebem mais cuidados afetivos e financeiros que gatos
Imagem: Andrew S/ Unsplash/ Reprodução

Ter cães, gatos ou qualquer outro animal de estimação envolve muito amor e dedicação. Mas será que o tipo de pet influencia na quantidade de cuidados? Um novo estudo publicado na revista Frontiers in Veterinary Science aponta que sim.

Em panorama geral, os autores da pesquisa concluíram que donos de animais de estimação são menos emocionalmente ligados e menos dispostos a financiar cuidados para gatos do que para cães.

Entenda a pesquisa

Os cientistas colheram informações de mais de 2 mil donos de animais de estimação em três países: Dinamarca, Áustria e Reino Unido. Deles, 844 eram donos de cães, 872 eram donos de gatos e 401 possuíam ambos. 

Através de perguntas, eles tiveram que detalhar diversos aspectos sobre o cuidado com seus pets. Eles perceberam que os gatos são vistos como animais que se importam menos com os humanos e, por isso, precisam de menos cuidados em troca.

De modo geral, donos de cães atingiram pontuações mais altas de apego emocional. Eles também cuidam de seus pets com mais frequência, esperavam que houvesse mais opções de tratamento disponíveis para cães e estariam dispostos a pagar mais por essas terapias.

Embora as pessoas se preocupem mais com seus cães do que com seus gatos em todos os países da pesquisa, o grau de diferença variou dramaticamente em cada local. No Reino Unido, a preferência por cães foi considerada leve.

Enquanto isso, na Áustria era mais acentuada e na Dinamarca era ainda mais discrepante. Contudo, o estudo não considerou possíveis diferenças culturais nas atitudes em relação aos animais de estimação.

O que pode explicar a preferência

Os autores do estudo acreditam que possa haver uma relação entre o passado agrícola e o cuidado com pets na sociedade atual. Neste período, a maioria dos animais era mantida a uma distância maior, enquanto os cães trabalhavam muito mais de perto dos humanos que os gatos.

No entanto, outros fatores podem estar envolvidos. Por exemplo, as pessoas podem ter mais cuidado com seus cães porque o tratamento deles tende a ser mais caro. Ou então porque eles participam mais de suas vidas cotidianas, acompanhando nas atividades físicas.

Agora, os pesquisadores se dizem intrigados pelos resultados, que levantam questões sobre quais padrões eles podem encontrar em outros países.

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Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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