Facebook Pay é o sistema de pagamentos digitais da rede social nos EUA
Enquanto a Libra está enfrentando muita resistência de governos e órgãos de regulação financeira, o Facebook (ou devemos chamar de FACEBOOK?) lançou um sistema de pagamentos digitais bem mais simples. É o Facebook Pay. Ele começará a ser distribuído entre os usuários da rede nos EUA nesta semana.
Como o Facebook Pay, o usuário poderá transferir dinheiro para amigos, comprar itens vendidos na rede, pagar por itens em jogos e doar para campanhas de caridade e financiamentos coletivos. E tudo isso será feito em moedas já existentes, não uma que o Facebook resolveu criar. “O Facebook Pay é construído sobre as parcerias e a infraestrutura financeira existentes e é separado da carteira Calibra, que será executada na rede Libra”, diz o comunicado da empresa.
Segundo o texto, o plano é começar a disponibilizar o Facebook Pay para usuários de Facebook e Messenger nos EUA nesta semana. O site pay.facebook.com inclusive já está no ar. Depois, o sistema de pagamentos será adicionado também às outras redes da empresa: WhatsApp e Instagram. Ainda não há uma data para isso, porém. Também não há previsão para que o sistema seja lançado em outros países.
O Facebook Pay poderá ser usado com a maioria dos cartões de crédito e débito disponíveis, bem como com contas do PayPal. A empresa diz que usará o próprio PayPal, o Stripe e outros parceiros para processar os pagamentos feitos no sistema. Como lembra o Verge, o PayPal foi justamente uma das primeiras empresas parceiras a se distanciar do projeto Libra. Visa, Mastercard e Stripe tomaram o mesmo caminho logo depois.
A ideia de criar uma moeda própria e levar serviços financeiros para uma grande parte da população mundial, que ainda não tem conta em banco, vem sendo objeto de grande escrutínio por governos e autoridades financeiras do mundo todo. Um relatório do G7 chegou a dizer que projetos desse tipo podem destruir o sistema monetário e desequilibrar a estabilidade financeira. O presidente dos EUA, Donald Trump, criticou publicamente o projeto, e o governo francês prometeu proibi-la. Mesmo assim, o Facebook parece não ter desistido da ideia até o momento.