Ciência

Gasolina sem petróleo: quanto deve custar o e-Fuel no Brasil?

A Porsche pretende elevar a produção do e-fuel para 55 milhões de litros por ano até 2030; saiba mais do projeto
Imagem: Unsplash/Reprodução

Após a Porsche abrir a primeira fábrica comercial para produzir gasolina sem petróleo (e-Fuel) no Chile, muitos se perguntaram quanto vai custar o litro desse combustível sustentável aqui no Brasil.

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Em maio, a Porsche realizou um evento no Brasil para mostrar que a gasolina que produz é tecnicamente viável e possui um bom desempenho. A empresa importou 600 litros do e-fuel do Chile e convidou jornalistas a dirigir modelos como o 911 e Cayenne utilizando e-fuel, que não relataram notar problemas mecânicos. 

Como é feito o eFuel

A produção da gasolina sintética é feita sem utilizar o petróleo, tendo como matéria-prima apenas o ar e a água.

Para isso, são utilizados eletrolisadores, responsáveis por dividir a água em oxigênio e hidrogênio, por meio do uso de energia eólica. A partir daí, o dióxido de carbono capturado da atmosfera é filtrado e combinado com o hidrogênio da água para produzir o metanol sintético, que é convertido no eFuel.

Por enquanto, a produção é considerada cara demais, por isso, o combustível também é mais caro. A gasolina sem petróleo, aliás, custa mais do que o combustível comum. O projeto da Porsche é denominado “Haru Oni” e significa “terra dos ventos” no dialeto local da Patagônia chilena. Atualmente, tem capacidade para produzir 130 mil litros por ano.

Quanto vai custar?

O litro do e-fuel da Porsche, assim, pode custar entre R$ 23,26 e R$ 32,08, incluindo os impostos, se estivesse disponível no Brasil.

No entanto, esse valor pode diminuir conforme o aumento na escala de produção. Posteriormente, a Porsche pretende elevar a produção do e-fuel para 55 milhões de litros por ano até 2030.

O eFuel pode ser usado em qualquer motor de combustão interna, tanto faz o tipo de carro (clássicos ou de alto desempenho). Quando utilizado no motor, o eFuel libera só o CO₂ capturado do ar na produção. Assim, isso vira um ciclo fechado e neutro em carbono.

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