Google Assistente deve ganhar mais funções baseadas em IA generativa
A Google já está tomando providências para fazer frente a chatbots responsivos, como ChatGPT e Bard: agora, o aplicativo terá mais funções baseadas em inteligência artificial (IA) generativa — um esforço de surfar na onda dos concorrentes.
Segundo informações vazadas pelo site Axios, o Google Assistente vai ganhar novos recursos que usam tecnologias de IA generativa. A companhia anunciou em memorando que está realizando uma reestruturação na equipe que atua no Assistente.
“Como equipe, precisamos nos concentrar em oferecer experiências críticas de produto de alta qualidade para nossos usuários. Também vimos o profundo potencial da IA generativa para transformar a vida das pessoas e vemos uma grande oportunidade de explorar como seria um Assistente superalimentado pela mais recente tecnologia LLM”, diz o e-mail, assinado por Peeyush Ranjan, vice-presidente do Google Assistente, e Duke Dukellis, diretor de produto da Google.
A mensagem ainda diz que o time de desenvolvedores já está trabalhando em um modelo baseado em LLM. Trata-se da tecnologia Large Language Model, utilizada para converter informações em respostas.
A mudança é promissora?
O Assistant é um aplicativo de software de assistente virtual com IA lançado em 2016. Atualmente, a plataforma realiza processamento de linguagem semelhante à Siri, da Apple. E é usada em dispositivos móveis e domésticos. O novo anúncio aponta para uma guinada em direção à IA generativa, que tem sido uma grande aposta em chatbots.
Serviços como Assistant, Alexa e Siri eram mais como Mad Libs, onde os usuários forneciam assuntos e verbos para gerar interações digitais simples, como “trânsito+centro+agora”. Com a IA generativa, é possível ter diálogos mais complexos com o software, recebendo respostas mais completas.
Embora existam vários exemplos de modelos LLM capacitando essas plataformas, a tecnologia ainda tem algumas limitações, que ficaram evidentes nos últimos meses, com a ascensão dos chatbots. Existem problemas como a “alucinação de IA“, que pode gerar respostas incoerentes ou equivocadas. Mas ainda não está claro onde o Google quer chegar com os avanços no seu assistente.