Alto-falante inteligente Nest Mini, do Google, estreia no Brasil por R$ 349

Em evento realizado em São Paulo, o Google anunciou a chegada do Nest Mini; produto permite controlar itens conectados com comandos de voz.
Google Nest Mini na cor giz
Google

Em abril, o Google apresentou em parceria com várias empresas produtos de casa conectada, como alto-falantes inteligentes, robôs limpadores, entre outros itens, que poderiam ser controlados por voz via Google Assistente. Porém, faltava ainda o alto-falante próprio da marca. Isso agora se concretizou com a chegada do Google Nest Mini, o primeiro smart speaker da empresa disponibilizado no Brasil.

Nos EUA, o Google Nest Mini custa US$ 50 (cerca de R$ 210). Por aqui, ele será vendido por R$ 349, o mesmo preço do Amazon Echo Dot. O produto será vendido a partir desta terça-feira (12) no varejo nas cores giz (cinza) e carvão (preto).

Google Nest Mini carvãoGoogle Nest Mini na cor carvão. Crédito: Google

A linha de alto-falantes inteligentes da marca estreia no Brasil já com um novo nome. Antes conhecido como Google Home, a empresa anunciou que concentraria itens de casa conectada sob a marca Nest, que é uma companhia adquirida pelo grupo com aparelhos conectados.

Comparado com o último Google Home Mini (não lançado no Brasil), o Nest Mini ganhou um microfone adicional para ouvir melhor o usuário (ao todo são três), ganhou melhorias de som (mais especificamente um bass mais forte), agora ele pode ser instalado na parede e um sensor ultrassônico para detectar a proximidade de alguém, habilitando o controle de volume indicado por leds na lateral do aparelho.

Lateral do Google Nest MiniLuz lateral do Nest Mini. Infelizmente, esta cor não chegará ao Brasil. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

O Nest Mini conta ainda com quatro leds indicadores, que ajudam o usuário a saber quando o alto-falante inteligente estiver ouvindo ou executando comandos.

Uma as inovações do Nest Mini apresentadas durante o lançamento do produto em Nova York é um chip que permite o processamento local de boa parte das operações. Segundo Larissa Rinaldi, especialista em linguística do português do Google, o produto conta com o hardware, mas ainda não existe o software que possibilita isso em nossa língua. 

“O chip está presente no Nest Mini, mas ainda não está habilitado. Toda vez que a gente lança um produto novo, tudo tem que ser produzido e adaptado para novas línguas”, afirmou, ressaltando que isso deve ocorrer num futuro próximo via atualização de software. 

Ainda no quesito privacidade, o Google ressaltou que o Nest Mini conta com um interruptor que desliga os microfones do aparelho e que os usuários podem checar e apagar o histórico de comandos de voz acessando myactivity.google.com.

O dispositivo, como o Echo Dot, não tem uma bateria embutida. Então, ele só funciona conectado a uma tomada e a uma rede Wi-Fi. Aliás, uma diferença entre os aparelhos é que a opção mais acessível da Amazon tem uma porta P2, enquanto a do Google, não.

Os alto-falantes inteligentes costumam ser um dos primeiros itens de uma casa conectada. A partir dele, é possível emitir comandos de voz para se controlar outros itens conectados, como os da Positivo, como solicitações para tocar música, ligar o ar-condicionado em determinado horário, desligar o ventilador conectado a uma tomada inteligente durante a madrugada, etc.

Com a disponibilidade dos alto-falantes inteligentes mais vendidos do mundo (Google e Amazon), o Brasil finalmente entra no mapa deste setor, que cada vez mais deve oferecer produtos conectados pelo Google Assistente ou pela Alexa (ou até mesmo pelos dois).

Num primeiro momento, parece ser um produto para early adopters. Pagar quase R$ 400 em um item que vai ser uma espécie de “porta de entrada” para outros itens conectados, que não são lá muito baratos, deve ser algo bacana apenas para aficionados em tecnologia, como ocorre com quase todas as tecnologias novas.

Além disso, tem toda uma questão de privacidade. É um produto que vai ouvir o que é dito na sua casa praticamente o dia todo. O Google fala que não ouve o que é dito e que, no máximo, recebe transcrições sobre instâncias ditas com grande frequência. Sem contar, como já citamos, tem os mecanismos da empresa (como desativar os microfones ou checar as atividades).

Resta saber se a categoria vai pegar ou se as pessoas esperarão cair o preço para tentar ver algum valor nesta nova categoria de produto.

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