Os 7 maiores fracassos de bilheteria em 2022

Algumas estreias frustrantes marcaram o ano, seja por não conseguirem cobrir os custos de produção ou por não agradarem o público e a crítica especializada. Ou os três juntos
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Imagem: Divulgação/Warner Bros

“Top Gun: Maverick”, “The Batman”, “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”, “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”… a lista de sucessos das telonas em 2022 conta com nomes de peso. Por outro lado, algumas estreias frustrantes marcaram o ano, seja por não conseguirem cobrir os custos de produção ou por não agradarem o público e a crítica especializada. Ou os três juntos.

Pensando nisso, separamos abaixo os maiores fracassos nas bilheterias de 2022. Confira:

Morte no Nilo

Lançado em fevereiro, o longa gira em torno de uma viagem de lua de mel pelo rio Nilo. O casal Linnet Ridgeway (Gal Gadot) e Simon Doyle (Armie Hammer) convidam parentes e amigos próximos para embarcar no barco Karvak e celebrar sua união. Porém, a herdeira é misteriosamente morta à noite — e quase todos os passageiros têm motivos para matá-la. Mas um dos convidados, por coincidência, é o mais famoso detetive do mundo, Hércules Poirot, que começa a investigar o caso.

Enquanto as investigações têm início no próprio barco, novas mortes acontecem com o intuito de encobrir a verdade, e o caso acaba sendo mais difícil de se solucionar a cada tempo que passa.

O filme original, “Assassinato no Expresso do Oriente”, lançado em 2017, foi um grande sucesso arrecadando US$ 352 milhões, contra um orçamento de US$ 55 milhões. Por outro lado, a sequência (que custou US$ 90 milhões) não teve o mesmo sucesso.

Vários atrasos e controvérsias envolvendo os integrantes do atual elenco do longa têm parte nisso. A última aventura de Hercule Poirot fracassou, com US$ 137,3 milhões. No Rotten Tomatoes “Morte no Nilo” tem apenas 62% de aprovação por parte da crítica e 82% do público.

Lightyear

A aventura explora as origens de Buzz Lightyear (voz de Chris Evans), o herói que inspirou o brinquedo de Toy Story. “Lightyear” segue o lendário Space Ranger em uma aventura intergaláctica ao lado de um grupo de recrutas (vozes de Keke Palmer, Dale Soules e Taika Waititi), e seu companheiro robô Sox (voz de Peter Sohn).

Com um enorme orçamento, de US$ 200 milhões, a aventura espacial arrecadou apenas US$ 226,4 milhões em todo o mundo. O valor pode ser considerado uma marca baixa, uma vez que os últimos dois filmes da franquia “Toy Story” atingiram a marca de um bilhão na bilheteria. Além das críticas mistas ao filme, o que pode explicar o baixo rendimento de “Lightyear” é que o mesmo disputou salas de cinema com “Top Gun: Maverick” e “Jurrassic World: Domínio”.

Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore

“Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore” é a sequência das aventuras de Newt Scamander (Eddie Redmayne), cientista que carrega em sua maleta uma coleção de fantásticos animais do mundo da magia descoberta em suas viagens. Dessa vez, ele é convocado por Albus Dumbledore (Jude Law) na luta contra o vilão Grindelwald (Mads Mikkelsen).

“Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore” é de longe o filme de maior bilheteria em toda a lista, já que arrecadou US$ 405,1 milhões em todo o mundo. O problema? A terceira parcela da série spin-off de “Harry Potter”, liderada pela sempre controversa JK Rowling, custou US$ 200 milhões para ser produzida (antes dos gastos com marketing).

Críticas ruins, um alto custo de produção e uma série de polêmicas de Ezra Miller, ator de “Flash” que também faz parte do elenco, foi suficiente para matar a franquia. A quarta sequência foi interrompida pela Warner Bros — um movimento e tanto se considerarmos que a franquia tinha grandes orçamentos e era considerada financeiramente viável.

Red – Crescer É Uma Fera

Quando uma adolescente fica muito nervosa, ela se transforma em um grande urso panda vermelho. O longa aborda a jornada de amadurecimento da protagonista, uma pré-adolescente canadense, e suas inseguranças. A personagem principal fica dividida entre ser a filha que sempre foi e sua nova personalidade, moldada pelos sentimentos conflitantes que a adolescência provoca.

Mesmo sendo uma das animações mais amadas pelo público de 2022, “Red – Crescer É Uma Fera” foi uma das maiores bombas do ano. O longa de Domee Shi foi lançado, simultaneamente no Disney+ e nos cinemas. A animação arrecadou apenas US$ 20 milhões, enquanto custou US$ 175 milhões para ser produzida.

Moonfall

Em “Moonfall”, a Lua sai de sua órbita e passa a se deslocar em direção à Terra, podendo causar uma colisão num futuro próximo. A ex-astrounauta da NASA, Jo Fowler (Halle Berry), acha que pode impedir que o impacto aconteça, mas apenas um de seus colegas (Patrick Wilson) acredita nela.

Um grupo de cientistas não especializados no assunto aceita a missão de ir até a Lua e impedir a colisão antes que a vida humana seja extinta. Ao chegarem lá, eles percebem que a Lua não é exatamente a pedra gigante orbitando a Terra que acharam que era.

Dirigido por Roland Emmerich (“Independence Day”) o longa teve orçamento estimado em US$ 140 milhões, mas só faturou US$ 67,2 milhões.

Morbius

Baseado no personagem de mesmo nome da Marvel, Michael Morbius (Jared Letto) sempre sofreu com uma condição rara em seu sangue que o faz andar de bengala e desde criança ser excluído por outros, mas sua vida solitária foi preenchida por livros. Após se formar na faculdade, Doutor Morbius é renomado na área de biomedicina e tenta achar uma cura para sua rara condição, afim de não apenas se ajudar, mas ajudar outras pessoas que também sofrem como ele. Experimentando com o DNA de morcegos, Morbius espera achar a cura e se usa como teste para o soro.

O problema é que os efeitos colaterais acabaram transformando-o em um pseudo-vampiro, e que agora precisa sobreviver como um. Apesar de ganhar capacidades iguais às de um morcego, Morbius precisa de sangue humano para sobreviver. Cada pessoa que ele morde, ela também vira um ser igual a ele.

Apesar de liderar a bilheteria em seu primeiro fim de semana, “Morbius” esgotou-se rapidamente, arrecadando US$ 93,5 milhões internacionalmente. Porém, o hype não durou muito, e o total arrecadado foi de apenas US$ 167,4 milhões. A sorte é a Sony foi econômica e gastou “só” US$ 75 milhões na produção, marcada por atrasos e reedições.

Adão Negro

Filme explora as origens do anti-herói da DC Comics, que é grande antagonista de “Shazam!”. Segundo a Variety, o filme estrelado por Dwayne “The Rock” Johnson arrecadou mais de US$ 384 milhões em bilheteria no mundo todo, ocupando a 12ª posição do ranking de melhores resultados de 2022 até o momento. A produção custou US$ 195 milhões para ser feita. Além deste dinheiro, ainda houve o investimento de US$ 80 a US$ 100 milhões em publicidade.

Com um custo total de quase US$ 295 milhões, “Adão Negro” teria que arrecadar US$ 600 milhões para começar a dar lucro à Warner, que fica com por volta de 50% do total das bilheterias. Até o momento, especula-se que o filme fique com um prejuízo de até US$ 100 milhões para que pelo menos consiga empatar os custos e terminar a conta no azul. De uma forma ou de outra, ainda é um resultado frustrante para um filme dessa magnitude.

Vale lembrar que o longa-metragem da DC não foi bem na crítica, embora o público em geral tenha gostado do filme. No Rotten Tomatoes, a avaliação dos críticos está em 39%, enquanto o público contabiliza 89%. Por conta das críticas negativas, muitos fãs não foram ver o filme, esperando um lançamento no streaming.

Um outro obstáculo do filme foi estrear pouco antes do Halloween, saindo nos EUA uma semana depois de “Halloween Ends”, o último filme da saga de Michael Myers. Além disso, o longa-metragem ficou perto do lançamento de “Pantera Negra 2”. Vale lembrar que ambos os filmes não tiveram lançamento na China e na Rússia.

Rayane Moura

Rayane Moura

Rayane Moura, 26 anos, jornalista que escreve sobre cultura e temas relacionados. Fã da Marvel, já passou pela KondZilla, além de ter textos publicados em vários veículos, como Folha de São Paulo, UOL, Revista AzMina, Ponte Jornalismo, entre outros. Gosta também de falar sobre questões sociais, e dar voz para aqueles que não tem

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