Desafio de 2019 de Zuckerberg envolve uma espécie de talk show com especialistas sobre problemas tecnológicos

Aquele período do ano chegou novamente. É tempo de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, anunciar seu desafio pessoal anual. Nos anos anteriores, ele fez coisas normais, como aprender mandarim. Então, a vida dele ficou complicada, e, no ano passado, ele prometeu que só trabalharia para consertar o Facebook. Neste ano, ele está determinado em fazer […]
Flickr/scobleizer/CC

Aquele período do ano chegou novamente. É tempo de Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, anunciar seu desafio pessoal anual. Nos anos anteriores, ele fez coisas normais, como aprender mandarim. Então, a vida dele ficou complicada, e, no ano passado, ele prometeu que só trabalharia para consertar o Facebook. Neste ano, ele está determinado em fazer uma espécie de talk show.

Não adianta desligar os serviços de localização, pois o Facebook continua monitorando onde você está

O post anual de Zuck em que ele se propõe “a um desafio pessoal para aprender algo novo” foi de algo divertido, uma tradição humanizadora, para uma forma de se notar como as coisas estão indo no Facebook.

Houve um tempo em que o CEO da rede social, agora com 34 anos, passava o ano programando sua casa inteligente e mostrando o resultado em um vídeo tosco. Recentemente, ele passou a se concentrar em soluções para todos os problemas que o Facebook está causando pelo mundo, além do valor das ações de sua empresa. E parece que Zuckerberg está ficando sem ideias, então ele espera que as outras pessoas deem a ele algumas por meio de uma série de palestras públicas com especialistas de diferentes áreas.

Na terça-feira (8), Zuckerberg falou do seu plano em um blog post e explicou que essas conversas ocorrerão “em algumas semanas”. Os detalhes serão divulgados em sua página do Facebook ou do Instagram. Além de ter conversas com uma série de especialistas, Zuckerberg disse que também falará com “pessoas de nossa comunidade de diferentes áreas” e tentar novos formatos com o tempo. Os assuntos da conversa vão incluir:

Nós queremos que a tecnologia dê às pessoas mais voz, ou os meios tradicionais controlarão quais ideias podem ser expressadas? Nós deveríamos decentralizar hierarquias por meio de criptografia ou outros meios para colocar o poder nas mãos das pessoas? Em um mundo em que muitas comunidades estão enfraquecidas, quão o papel da internet em fortalecer o tecido social? Como construímos a internet para ajudar as pessoas a se juntarem para corrigir os grandes problemas do mundo que exigem uma colaboração global? Como desenvolvemos tecnologias para criar mais trabalhos em vez de criar inteligência artificial que vai automatizar o que as pessoas fazem? De que forma tudo isso vai acontecer agora que o mercado de smartphones está mais maduro? E como vamos manter o ritmo de progresso científico e tecnológico entre todos esses ramos?

Essas são as perguntas que o CEO do Facebook considera difíceis. A rede social está em atividade há quase 15 anos, e questões como essas ficaram mais difíceis com o tempo para Zuckerberg. Qual a melhor forma de mostrar ao mundo o quão difícil é responder essas perguntas do que ter outras pessoas falando desses assuntos em diálogos que provavelmente não terão algum tipo de conclusão?

O desafio de 2018 de Zuckerberg era todo sobre reconhecer que o Facebook tinha alguns problemas e que o CEO da companhia se engajaria para corrigi-los. Quando chegou dezembro do ano passado, o fundador da maior rede social do mundo estava cansado, como todos nós, e admitiu que “corrigir esses problemas [da rede] era um desafio que exigiria mais de um ano de esforço”. De fato, ele deu uma reduzida nas expectativas ao dizer que alguns problemas “como interferência em eleições e discurso de ódio” simplesmente nunca serão resolvidos.

A iniciativa não é apenas sobre responder perguntas difíceis, mas também sobre Zuck ficar mais confortável com as pessoas, e nós ficarmos um pouco mais confortáveis com ele. No anúncio desta terça, Zuckerberg escreveu que “costumava desenvolver suas ideias e esperar que elas falassem por si”. Agora, ele “não vê as coisas mais dessa forma”, e é tempo de “se expor mais”. Embora nós não esperemos que isso corrigirá alguns dos problemas do Facebook, estamos, na verdade, ansiosos pelo talk show do CEO do Facebook. Tem pinta de que vai ser mais um Space Ghost de Costa a Costa com um apresentador um pouco menos humano.

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