O Samsung Galaxy Note 9 mostra o quão importante se tornou o resfriamento em smartphones

Recentemente, tem crescido o sentimento de que os smartphones não são tão empolgantes quanto eles costumavam ser. E, até certo ponto, isso é verdade. Eles têm ficado mais rápidos, e suas câmeras, melhores; as telas também ficaram maiores, mas, ao mesmo tempo, eles são mais ou menos os mesmos computadores retangulares de bolso que nós […]

Recentemente, tem crescido o sentimento de que os smartphones não são tão empolgantes quanto eles costumavam ser. E, até certo ponto, isso é verdade. Eles têm ficado mais rápidos, e suas câmeras, melhores; as telas também ficaram maiores, mas, ao mesmo tempo, eles são mais ou menos os mesmos computadores retangulares de bolso que nós usamos nos últimos quatro ou cinco anos.

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Entretanto, desde o fim do ano passado, a gente também viu o surgimento de vários smartphones gamers, como o Razer Phone, o Nubia Red Magic e o Asus ROG Phone. Telefones focados em rodar jogos mobile populares mas exigentes, como Fortnite.

Com o foco maior nos gráficos e na jogabilidade, há também maiores exigências em outros aspectos do dispositivo. Isso porque, exceto por vida da bateria e desempenho, um dos maiores fatores limitantes dos smartphones é o resfriamento. Normalmente, os dispositivos são forçados a amontoar componentes como câmeras traseiras duplas, carregamento sem fio, sensores de impressão digital, entre outros, dentro de um corpo fino, o que deixa pouco espaço para movimentar calor.

Mais calor, consequentemente, significa que a CPU não consegue processar tão rapidamente, efetivamente estrangulando o dispositivo. Para resolver esse problema, no novo Galaxy Note 9, a Samsung fez um alvoroço sobre como triplicou o tamanho de seu dissipador de calor, da unidade de 100 milímetros quadrados usada no Galaxy Note 8 e no Galaxy S9 para uma de 335 milímetros quadrados no Galaxy Note 9. A empresa diz que também aumentou a condutividade térmica, usando uma nova interface de fibra de carbono para canalizar melhor o calor para fora do processador do telefone.

Esta coisa grande de cobre no topo é parte do dissipador de calor. Imagem: Samsung

E embora isso possa parecer baboseira, tem, sim, um efeito! Quando analisei o Galaxy Note 9, preparei um teste especial para ver o quão bem o novo dissipador de calor maior do Note 9 se saia em comparação com as versões menores usadas em seus antecessores.

Primeiro, usando smartphones que estavam parados, sem uso, rodei o Geekbench 4 e o 3DMark Slingshot Unlimited para ter uma ideia do desempenho base de CPU e gráficos dos dois telefones. Inicialmente, pelo fato de tanto o Note 9 quanto o S9 usarem o mesmo processador Qualcomm Snapdragon 845, as pontuações foram bem parecidas, com o Note 9 marcando 9.012 no Geekbench e 5.021 no 3DMark, enquanto o S9 teve 8.414 e 5.033, respectivamente.

Em seguida, rodei uma série de testes nos dois celulares de forma a sobrecarregar seu desempenho, o que incluiu rodar o Geekbench e o 3DMark várias vezes, jogando algumas rodadas de Fortnite e baixando vários torrents, tudo isso sem pausa. Quando terminei, rodei novamente o Geekbench e o 3DMark para ver o quanto tinha caído o desempenho de cada um dos telefones.

No Geekbench 4, o S9 teve alguma dificuldade, com sua pontuação de benchmark caindo em mais de 25%, para 6.171. Enquanto isso, o Note 9 se saiu muito melhor, com 9.053, uma queda de aproximadamente 10%. Nada mal. Parece que aquele dissipador de calor está servindo para alguma coisa.

Entretanto, quando se tratou do 3D Mark Ice Storm, que mede desempenho de GPU, as diferenças entre o Note 9 e o S9 não foram tão significativas, com o Note 9 caindo para 4.974, praticamente o mesmo que os 4.923 do S9. Essa é uma queda de cerca de 2% para ambos, o que sugere que ou os celulares não haviam sido forçados o bastante ou seus processadores haviam atingido o pico de desempenho sem ser limitados pela temperatura. Se eu tivesse que apostar, meu chute ficaria com a segunda opção.

A Asus fez um cooler para seu novo smartphone gamer. Imagem: Asus

Independentemente disso, o teste mostra que, pelo menos quando se trata de desempenho de CPU, o controle de calor vai desempenhar um papel importante na garantia de que nossos telefones rodem rápido e continuem assim durante cargas prolongadas. Além disso, não é só a Samsung que está pensando dessa maneira. No ROG Phone, a Asus fez um baita esforço para criar um cooler pequeno com ventiladores embutidos que se encaixa em uma das portas USB-C do telefone, para ajudar a manter a temperatura baixa, além de instalar um enorme dissipador de calor de cobre com uma almofada de resfriamento de carbono.

Embora seja difícil dizer se a solução da Asus funciona, já que o dispositivo ainda não foi lançado, está claro que as empresas de smartphone estão pensando muito mais em resfriamento do que pensavam antes.

Imagem do topo: Sam Rutherford (Gizmodo)

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