Spotify critica publicamente taxa de 30% da Apple; entenda
Na última quarta-feira (18), o Spotify publicou um documento em que pede à Comissão Europeia que tome providências contra a taxa de 30% que a Apple cobra dos desenvolvedores de apps da App Store.
“O comportamento anticompetitivo da Apple prejudica os consumidores e desenvolvedores que trabalham duro – e quanto mais esperarmos, mais difícil será detê-los. Hoje, o Spotify e outras sete empresas e organizações em setores como publicação, streaming de áudio, namoro, comunicações e mercados enviaram uma carta conjunta para pedir uma ação regulatória significativa contra as práticas anticompetitivas de longa data da Apple na Europa”
A íntegra do comunicado pode ser acessada neste link.
O Spotify argumentou que, durante muito tempo a Apple impôs dificuldades aos seus negócios e prejudicou seu desenvolvimento em razão das restrições impostas por sua plataforma. Além disso, a empresa argumenta que a Apple acaba prejudicando consumidores europeus em razão das suas da adoção de políticas anticompetitivas.
Neste caso, a empresa se junta a outras companhias que também apelaram a entidade da União Europeia para tentar promover mudanças no ecossistema iOS. O Spotify se juntou com Deezer, Basecamp, Proton, Schibsted, News Media Europe, European Publishers Council e Francil Digitale.
A rivalidade entre as duas companhias já é bem antiga. Em 2019, o gigante do streaming denunciou a “maçã” acusando-a de práticas anticompetitivas. O Spotify, formalizou a denúncia alegando que o iTunes era favorecido dentro da loja de aplicativos da Apple em detrimento de outras plataformas concorrentes.
Recentemente, o Mercado Livre foi à Justiça contra a Apple no Brasil e México, em razão de práticas que estariam prejudicando a plataforma de e-commerce, bem como outras empresas que disponibilizam aplicativos sujeitos ao pagamento da taxa de 30% exigida pelo sistema de pagamentos do iOS.
Elon Musk também buscou uma forma de disponibilizar o Twitter Blue burlando o sistemas de pagamento da “maçã”. No entanto, a prática poderia levar ao banimento do Twitter, assim como ocorreu com o Fortnite, da Epic Games, que utilizou um sistemas de pagamento prórpio ao invés do serviço da Apple e foi retirado indefinidamente da App Store.
O bilionário voltou atrás e decidiu cobrar US$ 3 a mais de usuários de iPhone para compensar a perda financeira dos 30% da Apple.