Twitter apaga tuítes do presidente do Brasil sobre coronavírus por violar regras da rede

Twitter alega que mensagens do presidente do Brasil violaram os termos de uso da rede social; regras abominam tuítes com conteúdo contra a saúde pública.

A pandemia do novo coronavírus tem sido assunto em tudo quanto é lugar, e as plataformas estão de olho no mau uso de redes sociais referente à doença, seja pela propagação de notícias falsas ou por anúncios prometendo curas milagrosas. Neste domingo (29), o Twitter tomou ação e apagou dois tuítes publicados pelo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

As publicações continham vídeos do presidente interagindo com pessoas durante caminhada pelas ruas de Brasília (DF) neste domingo (29). No primeiro deles, segundo o G1, o mandatário do País conversa com um vendedor de rua e defende que as pessoas continuem trabalhando, dizendo que “tem que abrir os comércios e trabalhar normalmente”. No outro, ele critica as medidas de isolamento social e diz que um remédio contra o coronavírus já é realidade.

O Twitter não deu muitos detalhes sobre a exclusão. Em comunicado enviado a sites, a companhia compartilhou um blog post e informou que recentemente “expandiu suas regras para abranger conteúdos que forem eventualmente contra informações de saúde pública orientadas por fontes oficiais e possam colocar as pessoas em maior risco de transmitir COVID-19”.

Dando uma olhada no blog post do Twitter é possível inferir que a exclusão dos tuítes tem relação com as primeiras diretivas de remoção de post, que tem relação com “negação das recomendações de autoridades de saúde locais ou globais” e “descrição de tratamento ou medidas de proteção que não sejam diretamente prejudiciais, mas ineficazes”.

Como é sabido, o Ministério da Saúde e órgãos internacionais, como a OMS (Organização Mundial da Saúde), recomendam que para evitar a rápida disseminação do coronavírus as pessoas mantenham o distanciamento social, ficando em casa o máximo possível. Para isso, para quem pode, é recomendado que se faça home office (ou teletrabalho) e, para quem atua em serviços essenciais, como serviços de transporte, saúde e alimentação, a sugestão é lavar as mãos constantemente, evitar o toque no rosto e se higienizar com álcool em gel.

Sobre a possível cura para COVID-19, o fato é que ela não existe ainda. Por ora, há alguns medicamentos que estão sendo testados, mas nada comprovado. Além disso, existem iniciativas para se fazer uma vacina, mas o uso para o público em geral pode demorar até um ano até que a eficácia seja comprovada.

Antes do presidente do Brasil, outro mandatário da América do Sul teve tuítes apagados. No caso, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, publicou mensagens citando uma possível cura para o novo coronavírus usando capim-cidreira.

[G1]

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