Twitter suspende Trump por 12 horas e ameaça bani-lo após invasão do Congresso

O Twitter sempre pegou leve com presidente dos EUA, Donald Trump, mas nesta quarta-feira, a rede social tomou medidas mais duras.
Logotipo do Twitter exibido em Wall Street. Crédito: Andrew Burton/Getty Images

O Twitter sempre pegou leve com presidente dos EUA, Donald Trump, mas nesta quarta-feira (6), a rede social tomou medidas mais duras: uma suspensão de 12 horas, no mínimo, que pode se tornar um banimento definitivo.

Após a invasão do Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos, Trump fez um vídeo pedindo para os manifestantes irem para casa. Mesmo assim, ele disse mais uma vez que a eleição foi roubada e que os invasores eram pessoas “especiais” e “amadas”.

Primeiro, o Twitter desabilitou as opções de responder, retuitar e curtir o post, além de sinalizá-lo como afirmação controversa e incitação à violência. Depois, deixou de mostrar esta e outras duas publicações de mais cedo com acusações semelhantes.

Por volta das 21h (horário de Brasília), a rede social tomou as medidas mais enérgicas até o momento: suspendeu o acesso do presidente dos EUA à sua conta por no mínimo 12 horas. Esse período pode ser maior, caso os três tuítes não sejam deletados. O Twitter também advertiu Trump pode ser banido definitivamente, caso volte a infringir a chamada política de integridade cívica do site.

Tradução: Como resultado da situação violenta sem precedentes em Washington, D.C., nós requisitamos a remoção de três tuítes de Donald Trump que foram postados hoje mais cedos por repetidas e graves violações de nossa política de integridade cívica.

O Twitter não foi a única rede social a endurecer suas medidas diante da crise desta quarta. O Facebook e o YouTube deletaram o vídeo postado após a invasão.

Apoiadores de Trump invadiram o Congresso dos Estados Unidos durante a sessão de contagem dos votos do Colégio Eleitoral, que deve certificar a vitória de Joe Biden no pleito de novembro de 2020 e garantir que ele assuma a presidência do país no próximo dia 20. Uma mulher que foi baleada veio a falecer mais tarde. Até agora, 13 pessoas foram presas.

Ao longo dos últimos anos, Twitter, Facebook e YouTube tomaram medidas bastante brandas com relação à desinformação e ao uso de suas plataformas por extremistas e radicais. Somente este ano as redes começaram a adotar condutas como minimizar o alcance de publicações desse tipo e sinalizar as informações incorretas. Uma publicação de maio, por exemplo, que incitava violência contra manifestantes após o assassinato de George Floyd, foi sinalizada pelo Twitter, algo que até então era inédito.

Outras medidas antes das eleições americanas e principalmente depois, quando começaram as acusações sem fundamento de fraude eleitoral, seguiam essa mesma linha. Apesar de dizerem que essa política foi um sucesso, as punições mais duras desta quarta e os tumultos em Washington mostram que isso não foi o suficiente.

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