Vacina da Pfizer para crianças acima de 6 meses deve ser liberada este mês
Nesta terça-feira (1), a Pfizer deve solicitar à Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora americana, a permissão para aplicar duas doses da vacina em crianças de 6 meses a 5 anos de idade. A resposta é esperada para o final de fevereiro.
O pedido foi feito após órgãos dos EUA pressionarem a farmacêutica, que estava esperando resultados dos testes clínicos com regime de três doses.
Para entender, é preciso voltar ao mês de dezembro, quando a Pfizer divulgou os primeiros dados referentes a crianças menores de cinco anos.
Em resumo, crianças de 6 meses a 2 anos que receberam duas doses da vacina produziram uma resposta imune comparável à de jovens de 16 a 25 anos. Por outro lado, os pequenos entre 2 e 4 anos tiveram uma resposta imune menor. Por conta disso, a Pfizer começou a testar um regime de três doses.
Mas se as autoridades fossem ficar esperando os resultados dos novos testes, a autorização para uso emergencial das vacinas em crianças só viria em março. A ideia, então, é fazer uma leve gambiarra: o FDA deve analisar agora os dados referentes ao regime de duas doses, liberar o imunizante caso tudo esteja nos conformes e, em março, checar uma nova submissão da Pfizer, referente a dose adicional.
As crianças devem receber duas doses da vacina com intervalo de três semanas entre elas. Já a terceira dose está sendo estudada para ser oferecida pelo menos dois meses após a segunda injeção.
A pressão dos órgãos reguladores para que a Pfizer submeta os dados tem como base o crescimento da variante ômicron. Apesar de ser mais difícil que as crianças desenvolvam quadros graves de Covid-19, a doença tem levado a hospitalizações dentro da faixa etária e causa sérias preocupações aos pais que deixam seus filhos em creches.
A vacinação para crianças de 5 a 11 anos está autorizada nos EUA desde novembro. Mesmo assim, dados do CDC indicam que apenas 30% dos pequenos da faixa etária receberam pelo menos uma dose do imunizante. Muitos pais estão relutantes em levar seus filhos para se vacinar devido à desinformação e ao negacionismo.