Zolpidem: saiba os prós e contras do remédio para insônia
De repente, um medicamento ganhou as redes sociais. O zolpidem, usado no tratamento de insônia, é pauta recorrente entre os jovens devido aos efeitos colaterais que causa.
Caso não seja tomado da forma correta, o remédio pode gerar alucinações e levar as pessoas a fazerem coisas que jamais fariam em sã consciência, como comprar pacotes caríssimos de viagem ou compartilhar mensagens indevidas na internet.
O sonambulismo vem acompanhado da amnésia anterógrada, definida como um “apagão”. Quando a pessoa acorda, ela não se lembra de nada do que fez na noite anterior.
Apesar de parecer uma situação engraçada, há riscos, já que a pessoa pode se ferir, dirigir desorientada ou cometer outras infrações.
Falando dessa forma, fica a sensação de que o zolpidem não deveria ser indicado para as pessoas. Isso está errado. Como qualquer medicamento, ele possui seus prós e contras, que podem ser compreendidos após uma maior apresentação.
Vamos aos termos técnicos: o zolpidem é um medicamento não benzodiazepínico, de curta duração, que atua no sistema nervoso central. Seu objetivo é ajudar pessoas com insônia, podendo ser usado em alguns casos como adjuvante para o tratamento de transtornos psiquiátricos, como depressão e ansiedade.
Muitos podem se beneficiar do remédio, desde que o tomem de maneira correta e mediante prescrição médica. A dose recomendada para adultos é de 1 comprimido por dia, sendo utilizado de 2 a 5 dias para casos de insônia ocasional.
Pessoas com insônia transitória podem tomar o medicamento por até três semanas. No entanto, o zolpidem não pode ser usado por mais de quatro semanas, pois pode causar dependência e tolerância.
O remédio começa a fazer efeito em cerca de 30 minutos. Por conta disso, os médicos recomendam que ele seja tomado logo antes de dormir e, se possível, já na cama. O paciente não deve utilizar o celular, mexer no computador ou sair de casa após ingerir o comprimido.
É importante não misturar o zolpidem com outras substâncias, como álcool, opioides, benzodiazepínicos ou outros fármacos hipnóticos sedativos.
Além do sonambulismo e apagão, o medicamento também pode causar agitação, pesadelos, sonolência, dor de cabeça, tontura, insônia exacerbada, diarreia, náusea, vômito, dor abdominal, dor nas costas, infecção do trato respiratório inferior e superior e cansaço.
Também não tente usar o remédio apenas para testar a “viagem” proporcionada por ele. O medicamento só pode ser vendido com receita médica e deve ser usado apenas se recomendado por um profissional da saúde.