Atualização vai levar função de eletrocardiograma para Apple Watch no Brasil

O Apple Watch conta com um aplicativo de eletrocardiograma desde 2018, mas o recurso estava disponível somente na gringa. Agora, a empresa foi liberada pela Anvisa e irá enviar uma atualização para os relógios Series 4 e posteriores para habilitar o recurso.
Relógio Apple Watch 5 no pulso
Crédito: Victoria Song/Gizmodo

O Apple Watch conta com um aplicativo de eletrocardiograma desde 2018, mas o recurso estava disponível somente na gringa. Agora, a empresa foi liberada pela Anvisa e irá enviar uma atualização para os relógios Series 4 e posteriores para habilitar o recurso.

A novidade virá na próxima atualização de software da companhia, com o iOS 13.6 e watchOS 6.2.8.

De acordo com um comunicado da companhia, o app ECG (eletrocardiograma) e o recurso de notificação de ritmo cardíaco irregular foram aprovados pela ANVISA como produtos de software para dispositivos médicos Classe II no Brasil.

Para fazer um eletrocardiograma pelo Apple Watch, é preciso abrir o aplicativo de ECG e manter um dedo sobre a coroa digital por 30 segundos. Os dois pontos de contato são o equivalente a um ECG de uma única derivação.

De acordo com a Apple, cada leitura será classificada como fibrilação atrial (AFib), ritmo sinusal (normal) ou inconclusiva. Os resultados vão para o aplicativo Saúde e também podem ser exportados para PDFs para compartilhar com médicos.

A companhia quer utilizar o eletrocardiograma e o recurso de notificação de ritmo cardíaco irregular para ajudar os usuários a identificar indícios de AFib, o tipo mais comum de arritmia cardíaca. A companhia alerta que a fibrilação atrial é um dos principais problemas de saúde que provocam AVC, a segunda causa mais comum de morte em todo o mundo.

Há um porém importante: o ECG da Apple é limitado em relação aos que são realizados em laboratórios, que geralmente envolvem 12 derivações. A Apple diz que realizou um estudo com 600 participantes e obteve sensibilidade de 98,3% na classificação de Afib e 99,6% com ritmos sinusais. O app ECG conseguiu classificar 87,8% dos registros.

A companhia também reconhece que o relógio pode não ser capaz de detectar um ritmo cardíaco abaixo de 50 BPM (batidas por minuto) acima de 120 BPM e explica em sua página de suporte que o ECG não consegue detectar um ataque cardíaco, coágulos sanguíneos ou um acidente vascular cerebral ou outras doenças relacionadas com o coração.

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