Ciência

Cientistas encontram esqueletos do século 6 em posições “estranhas”

Cemitério fica em um terreno do Castelo Fonmon, próximo ao final da pista do aeroporto de Cardiff, o mais importante do País de Gales
Imagem: Kevin Church/BBC/Reprodução

Um grupo de cientistas do País de Gales, no Reino Unido, encontrou um cemitério medieval com 70 esqueletos que datam do século 6. Até aí, nenhuma grande novidade. Mas um fato deixou os arqueólogos intrigados: a posição que as ossadas estavam.

Alguns estavam deitados de costas, o que é normal para a época, enquanto outros estava, de lado. Já parte das ossadas foi enterrada na posição agachada, com os joelhos dobrados contra o peito.

Os pesquisadores, por enquanto, ainda não conseguiram descobrir o motivo dos corpos estarem nessas posições.

Andy Seaman, especialista em arqueologia medieval da Universidade de Cardiff, chamou atenção para outro fato curioso: ao contrário dos cemitérios atuais, este não parece ser apenas um lugar para descartar os mortos.

“Tendemos a pensar nos cemitérios como espaços fechados aos quais não vamos, mas provavelmente teriam sido fundamentais para a vida no passado”, explicou ele à BBC.

O cemitério fica em um terreno do Castelo Fonmon, próximo ao final da pista do aeroporto de Cardiff, o principal aeroporto do País de Gales.

Mais pesquisas são necessárias para tentar obter uma data mais precisa de quando o cemitério era usado. E a análise de DNA revelará mais sobre os esqueletos que estavam ali. Pesquisadores vão precisar de estudos mais aprofundados descobrir o motivo da posição dos esqueletos.

Equipe de pesquisadores trabalha para descobrir mais detalhes sobre as ossadas. Imagem: Universidade de Cardiff/Reprodução

Objetos encontrados com os esqueletos

Além das ossadas, foram encontrados fragmentos de pratos e xícaras, além de lascas de ossos de animais queimados.

Outro item curioso apareceu: um pequeno pino esculpido que pode ter sido usado como marcador de pontuação em um jogo que se assemelha com os jogos de tabuleiro modernos.

Segundo os pesquisadores, isso comprova que o local não era usado exclusivamente como um cemitério, mas também como um local de reunião das comunidades. “Enterram os seus mortos, mas também realizam outras atividades e práticas sociais, incluindo comer e beber – e festejar”, completou Seaman.

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Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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