Conheça a camiseta que usa sensor para prevenir lesões no basquete
A empresa australiana Catapult Sports acaba de lançar um dispositivo que promete revolucionar o mercado de esportes: é uma camiseta com sensores que enviam dados em tempo real sobre o desempenho dos atletas nas quadras de basquete.
A tecnologia vestível – ou wearable, no termo em inglês – conta quanta energia os jogadores estão gastando durante os treinos ou jogos. Dependendo da demanda, o treinador pode manter ou retirar o atleta da partida para evitar possíveis lesões, por exemplo.
O diferencial da tecnologia é que ela tem metade do tamanho dos sensores usados pelas equipes da NFL. Os jogadores da principal liga de basquete dos EUA vestem tênis com transmissores por radiofrequência que medem a atuação em quadra desde 2014.
Neste caso, a tecnologia – que ganhou o nome de Vector T7 – fica presa na cintura ou na parte de trás das camisas dos jogadores. O dispositivo usa sistemas de posicionamento local, sensores inerciais e de frequência cardíaca, assim como rastreador de dados de quanto o atleta já correu e quão alto saltou.
Essas informações são precisas e podem ser visualizadas em tempo real em qualquer dispositivo conectado. Com base nisso, a equipe técnica tem capacidade para estimar a média da carga física que o esportista está usando na partida – e quando é hora de dar um gás ou parar.
A equipe de basquete masculina da Universidade Duke e o time feminino de basquete da Universidade Estadual de Ohio testaram a tecnologia nos últimos meses. E funcionou melhor que o esperado.
Segundo Nick Potter, diretor do time de Duke, a tecnologia ajudou a evitar lesões no time. Os treinadores usaram as métricas para estruturar o treinamento semanal e de toda a temporada. “Isso nos ajuda na comunicação”, disse à Bloomberg. “Se alguém se machucar, temos informações objetivas para fazer outra pessoa voltar a jogar”.
Esse dispositivo em específico foi projetado para atender às necessidades de atletas do basquete. “O basquete tem sido uma área pouco explorada em comparação com outros esportes”, explicou o CEO da Catapult, Will Lopes. “Provavelmente por causa dos movimentos específicos exclusivos deste esporte”.
Mas há espaço – e interesse – no sensor de camiseta para outras modalidades além do basquete. Só em 2022, o mercado de tecnologia esportiva ultrapassou os US$ 21,1 bilhões, segundo relatório do Citigroup.