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Donald Trump processa Google, Twitter e Facebook (e seus CEOs) por “censura ilegal”

Ex-presidente foi banido das plataformas desde janeiro, após motim no Capitólio dos EUA que resultou em mortos e feridos.

Imagem: Charles Deluvio (Unsplash)

Imagem: Charles Deluvio (Unsplash)

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (7) que está processando o Google, Facebook e Twitter sob a acusação de ter sido censurado nas plataformas de cada empresa. A ação foi movida no estado da Flórida e também atinge os respectivos CEOs das companhias, incluindo Sundar Pichai (Alphabet, holding dona do Google), Mark Zuckerberg (Facebook) e Jack Dorsey (Twitter).

Durante uma coletiva de imprensa realizada em seu clube de golfe em Bedminster, e Nova Jersey, o bilionário descreveu como “censura vergonhosa e ilegal das empresas de mídia social ao povo americano”. Trump ainda afirmou que o processo deve se tornar em uma ação coletiva, pois, segundo ele, a tal censura teria violado a 1ª Emenda dos EUA, afetando milhões de cidadãos.

Os processos foram movidos contra as empresas de tecnologia em parceria com o America First Policy Institute, organização sem fins lucrativos que tem como lema apoiar e criar “políticas que colocam o povo americano em primeiro lugar”. Além disso, Trump e a ONG dizem que os processos não serão cessados, pois ninguém está disposto a fechar um acordo sobre o assunto.

Banimentos a Trump

O efeito dominó que culminou no bloqueio de Donald Trump nas redes sociais começou ainda em janeiro, pouco tempo depois da invasão de apoiadores do ex-presidente ao Congresso dos Estados Unidos, que resultou em mortos e feridos. O Twitter optou pelo banimento permanente do magnata, enquanto que o Facebook optou por uma suspensão temporária que deve durar pelo menos até 2023, quando será feita uma nova avaliação se Trump pode retornar ao serviço.

O YouTube também suspendeu o ex-presidente por tempo indeterminado, porém sinalizou que Trump pode voltar à plataforma caso não ofereça mais “potencial risco de violência”. Inclusive, essa foi praticamente a justificativa de todos os serviços para decidir no banimento ou suspensão do político, que incitou seus seguidores nas redes sociais e, consequentemente, causou os atos violentos durante o motim ao Capitólio dos EUA, em 6 de janeiro de 2021.

Trump ainda tentou rebater as plataformas com o lançamento de um blog que parecia uma rede social, mas o projeto não vingou. No último domingo (4), Jason Miller, ex-conselheiro de Trump, lançou a Gettr, um site aonde apoiadores do ex-presidente poderiam “compartilhar ideias livremente”. Contudo, no dia em que a página entrou no ar, um hacker expôs dados de mais de 85 mil usuários inscritos na plataforma.

[CNBC, Android Central, TechCrunch]

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