Em clima de “Blade Runner”, China usa drones sonoros para defender lockdown
No maior estilo “Blade Runner 2049”, a China está usando drones para conscientizar a população sobre a importância do lockdown para a redução dos casos de Covid-19 no país.
No longa dirigido por Denis Villeneuve, vemos drones sendo utilizados para diversas aplicações de controle da população, desde a tarefa de lançar de mísseis a iluminar cidades com anúncios publicitários. Já na vida real, drones chineses com alto-falantes estão pedindo que as pessoas que vivem em Xangai, cidade que vê um crescimento elevado de casos da doença, façam testes de Covid-19 e respeitem a quarentena.
Em um vídeo publicado na rede social chinesa Weibo (e disponível abaixo), um drone é visto pairando no ar entre arranha-céus e reproduzindo uma voz feminina que pede para que as pessoas controlem a “sua sede de liberdade”, não protestem contra o lockdown e também não abram suas janelas para cantar.
As seen on Weibo: Shanghai residents go to their balconies to sing & protest lack of supplies. A drone appears: “Please comply w covid restrictions. Control your soul’s desire for freedom. Do not open the window or sing.” https://t.co/0ZTc8fznaV pic.twitter.com/pAnEGOlBIh
— Alice Su 蘇奕安 (@aliceysu) April 6, 2022
Lockdown na China
Vários países ao redor do mundo estão afrouxando as restrições sanitárias e classificando os casos de Covid como uma endemia — assim como acontece com outras doenças, como a catapora, por exemplo. Porém, a China continua rigorosa contra a variante ômicron, adotando uma política de “Covid-zero”, e determinando quarentena em várias cidades.
Além disso, um novo subtipo da ômicron foi encontrado nos últimos dias na cidade de Suzhou, a menos de 80 km de Xangai, o que fez o país estender as medidas de bloqueio. A China vem registrando uma média de 1.600 novas infecções diárias, com Xangai batendo o recorde diário de 17 mil novos casos somente nesta quarta-feira (6).
Entretanto, os chineses têm protestado contra as duras regras governamentais, assim como a falta de suprimentos, depois que pessoas em pânico esvaziaram os produtos dos supermercados em preparação para o lockdown.