Facebook bloqueia hashtag que propagava desinformação sobre vacinas

A hashtag, que na tradução em português dizia "vacinas matam", levou mais de um ano para ser suspensa na rede social.
Imagem: Mark Felix/(Getty Images)
Imagem: Mark Felix/(Getty Images)

O Facebook bloqueou na última quarta-feira (21) conteúdos com a hashtag “#VaccinesKill”, algo como “vacinas matam”, na tradução livre. O problema? Postagens com essa marcação circulavam livremente na rede social há pelo menos dois anos, o que ajudou na disseminação de notícias falsas que descreditavam a eficácia dos imunizantes.

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A partir de agora, buscas por posts que contenham a hashtag mostrarão um banner em que o Facebook diz estar “mantendo nossa comunidade segura”. Ele vem acompanhado por uma mensagem alertando os usuários para o fato de que “algum conteúdo dessas postagens vai contra os Padrões de Comunidade” da rede social.

A medida para bloquear a hashtag ocorre cerca de uma semana depois que o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apelou que empresas de mídia social endureçam suas regras contra desinformação ou conteúdos falsos. Segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, “um grupo de cerca de 12 pessoas é responsável por 65% de todo o conteúdo contra vacinas nas redes sociais”. O próprio Biden acusou o Facebook de “matar pessoas” ao permitir que mentiras sobre os efeitos dos imunizantes se propagassem sem parar. Depois,o presidente diluiu essa declaração para se concentrar nos indivíduos que divulgavam notícias falsas, e não nas empresas responsáveis ​​por amplificá-las.

Na verdade, a desinformação, mais especificamente sobre as vacinas contra Covid-19, se proliferou no Facebook nos últimos 18 meses, desde o início da pandemia. Só que a plataforma tem demorado para realizar qualquer ação significativa para conter publicações anti-vacina.

De acordo com a CNN, a hashtag “#VaccinesKill” ainda estava funcional no sábado da semana passada, dia 17 de julho. “Nosso processo para determinar se uma hashtag viola nossas políticas leva vários fatores em consideração, incluindo a porcentagem de conteúdo que usa a hashtag indevida”, disse um porta-voz do Facebook ao canal.

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Curiosamente, o Instagram, que é propriedade do Facebook, tomou medidas para bloquear a hashtag #VaccinesKill em 2019 — e permanece suspensa até a publicação desta notícia. Segundo o porta-voz do Facebook, essa diferença entre as duas redes sociais se deve a uma “parte substancial do conteúdo” que violou as políticas da empresa no Instagram, enquanto o conteúdo do Facebook “não atingiu nosso limite para bloquear a hashtag”.

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