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[Hands-on] Galaxy Fold: mais impressionante do que eu imaginava

O Galaxy Fold, da Samsung, é sem dúvida um smartphone sólido, com bom hardware e interessante, mas será que vale os quase US$ 2.000?

Galaxy Fold aberto com wallpaper de borboleta

Sam Rutherford/Gizmodo

O Galaxy Fold representa mais de oito anos de design, engenharia e de novas tecnologias. Tudo isso só para entender como uma tela flexível funciona. Estamos falando de novos adesivos maleáveis e polímeros compostos complicados feitos especificamente para oferecer suporte a uma tela que dobra. E agora, meses após a primeira apresentação, eu finalmente tive a chance de ver um em “carne e osso”. E apesar do preço de US$ 2.000, o Galaxy Fold é a prova de que a tendência de smartphones dobráveis pode ser mais do que um modismo.

A primeira impressão é que o Galaxy Fold parece um aparelho sólido. Ele emite um estalo satisfatório toda vez que você fecha o telefone, algo que me lembra um aspecto muito legal dos telefones flip. Mas a outra coisa que você vai notar mesmo antes de abrir o telefone é o quão grande o Galaxy Fold é — parece uma barrona de chocolate.

A partir daí, você pode usar tanto a “tela da capa” como qualquer outro smartphone, no entanto a tela de 4,6 polegadas significa que você tem algumas limitações. É claro, a grande tela flexível aparece quando você abre o telefone, e aí você tem um display gigante de 7,3 polegadas.

Sim, o vinco está lá, mas com o tempo ele passa a incomodar menos. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Se você executa várias tarefas ao mesmo tempo, as coisas só vão melhorando. Você pode deslizar no lado direito da tela para ter acesso a alguns apps, e é possível abrir três deles simultaneamente. Graças à habilidade de abrir um app adicional numa janela flutuante, o Fold consegue executar até quatro apps ao mesmo tempo.

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Enquanto isso, para assegurar estas transições e que o desempenho seja o melhor possível, o Galaxy Fold vem com o chip Qualcomm Snapdragon 855, 512 GB de armazenamento e 12 GB de RAM. Como bônus, como o Galaxy S10, o Galaxy Fold vem com carregamento sem fio Qi junto com a tecnologia PowerShare, da Samsung, que permite que você compartilhe a carga com outro aparelho. Em termos de durabilidade real, uma crítica ao Fold é que ele não tem resistência à água.

Para ser claro, a habilidade do Fold de alternar entre diferentes telas de apps, que a Samsung chamada de App Continuity, está ainda está em seu estágio inicial. Este tipo de funcionalidade com vários apps ainda não está nem disponível nem no Android puro (deve ser disponibilizada no Android Q), embora a Samsung tenha trabalhado com o Google e outros parceiros para assegurar que apps importantes da marca e de terceiros funcionem bem nesta tela dobrável. Porém, nem sempre funciona bem em apps menos populares, ou alguns jogos, que recorrem à proporção de tela 16:9.

Apesar de contar com duas baterias que juntas somam 4.380 mAh, ainda questiono se o Galaxy Fold tem longevidade o suficiente para manter aquela tela grande e todo o resto funcionando por bastante tempo. Isto deve ser respondido conforme fico mais tempo com o aparelho para uma análise mais aprofundada.

O Fold vem com o total de seis câmeras, então você sempre vai conseguir facilmente tirar uma selfie. Na frente, há ainda uma câmera de 10 megapixels sobre a tela da capa, enquanto uma segunda câmera selfie de 12 megapixels e uma de 8 megapixels de profundidade ajudam em fotos no modo retrato que ficam na parte de dentro. No entanto, como todo smartphone convencional, os sensores importantes ficam na parte de trás, com o Fold oferecendo um sensor de 16 megapixels ultra wide, uma câmera grande angular de 12 megapixels e uma telefoto de 2x.

O sensor de biometria do Galaxy Fold fica na lateral. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

O Galaxy Fold tem um vinco notável, mas quando você o utiliza normalmente, ele é menos incômdo do que eu pensei que fosse. Geralmente, ele desaparece, potencialmente se tornando menos chato do que um risco na tela. Mas dependendo da situação e da luz ambiente, você pode ainda notar que ele está lá, mesmo ao ver um vídeo. É impressionante, mas a Samsung não desafiou magicamente as restrições de materiais e, para algumas pessoas, isso pode soar como uma imperfeição. Da mesma forma, a espessura do aparelho ainda será motivo de controvérsia para alguns. Pessoalmente, acho que isso vai me incomodar ao longo prazo, mas alguns dos meus colegas insistem em usar calças com bolsos pequenos, e nesse caso o fato de ele ser muito espesso será um problema.

E mesmo que esse vinco e essa espessura não sejam muito irritantes, há ainda uma outra realidade que as pessoas devem enfrentar: o preço de US$ 1.980, que é uma baita quantia para um dispositivo que está em sua primeira versão. Este telefone claramente é direcionado para quem quer ter o que for de mais avançado em tecnologia.

Após um curto espaço de tempo com o dispositivo, devo admitir que fiquei encantado com o aparelho. Consegui imaginar o Galaxy Fold se encaixando em minha vida perfeitamente sem a necessidade de grandes ajustes.

As diferentes cores do Galaxy Fold. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

No entanto, a questão que fica é: você pagaria quase US$ 2.000 pela oportunidade de ter um? Ainda não tenho certeza, então, em breve, publicaremos nossa análise sobre o Galaxy Fold.

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