Max Hodak, presidente e cofundador da Neuralink, deixou a empresa há algumas semanas

O executivo não revelou detalhes sobre sua saída. Startup, que tem Elon Musk como cofundador, cria implantes cerebrais.
Imagem: Win McNamee (Getty Images)
Imagem: Win McNamee (Getty Images)

Sem revelar grandes detalhes, Max Hodak, presidente da Neuralink, confirmou ter deixado o cargo na empresa há algumas semanas. A startup, que visa conectar cérebros humanos a computadores, tem como cofundador o CEO da Tesla e da SpaceX, Elon Musk.

Em uma postagem no Twitter no último sábado (1° de maio), Hodak, que também é cofundador da Neuralink, disse que aprendeu “muito” na empresa e que continua torcendo por ela. Embora Hodak não tenha revelado para onde iria em seguida, ele mencionou que vai apostar em novas áreas. O executivo até brincou com o fato de que poderia trabalhar no desenvolvimento de um parque dos dinossauros — em referência a uma declaração recente de que a Neuralink poderia construir uma versão real dos filmes Jurassic Park.

Lançada em 2017, a Neuralink visa usar interfaces cerebrais de largura de banda ultra-alta, ou chips implantáveis, para conectar cérebros humanos a computadores. Musk declarou que haverá uma variedade ampla de usos para o produto, desde permitir que alguém com paralisia use um smartphone com a mente até que paraplégicos voltem a andar. Segundo Musk, a Neuralink também pode ajudar os humanos a alcançar uma “simbiose” com a inteligência artificial.

A Neuralink voltou aos holofotes em abril quando afirmou ter conseguido com que um macaco chamado Pager jogasse o game Pong usando apenas o poder da mente. Os pesquisadores implantaram um chip em cada lado do cérebro do macaco cerca de seis semanas antes de gravarem o vídeo.

Antes de aprender a jogar Pong, os pesquisadores ensinaram Pager a usar um joystick, recompensando-o com uma bebida de banana servida por um canudo quando ele movia o cursor para um bloco aceso na tela. Esse exercício permitiu que os dispositivos da Neuralink no cérebro do primata registrassem sua atividade por mais de dois mil eletrodos implantados nas regiões do córtex motor, que coordenam os movimentos das mãos e dos braços.

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Os dados foram então alimentados em um algoritmo decodificador da Neuralink para que pudesse prever os movimentos pretendidos das mãos do macaco. Depois de alguns minutos de calibração, o decodificador entendeu os padrões neurais o suficiente para que o macaco não precisasse mais do joystick para mover o cursor para o bloco. Pager poderia movê-lo com sua mente, afirmou o narrador do vídeo.

Os macacos não são os únicos com chips da Neuralinks em seus cérebros. A empresa também está testando a tecnologia em porcos. Musk declarou que a Food and Drug Administration (FDA) nos EUA concedeu o status de “dispositivo inovador”, uma classificação que acelera o desenvolvimento, avaliação e revisão de aparelhos médicos.

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