Ucrânia imprime bombas em 3D em nova investida contra Rússia

Em meio à escassez de armas e munições, Ucrânia está buscando soluções criativas para tentar vencer a Rússia na guerra
Ucrânia imprime bombas em 3D em nova investida contra Rússia
Imagem: Ministério de Defesa da Ucrânia/Reprodução

Cada vez mais encurralada pela guerra e sem recursos, a Ucrânia tem buscado formas criativas de manter sua ofensiva contra a Rússia. Um relatório do país mostrou que a Ucrânia está imprimindo bombas em 3D para atender às demandas de seu campo de batalha.

Um grupo voluntário que fabrica o novo tipo de bomba produziu mais de 30 mil delas nos últimos quatro meses. De acordo com o jornal The Economist, a produção segue a todo vapor e deve aumentar no segundo semestre.

Lyosha, um fabricante de armas amador, disse que as bombas podem cortar tábuas de madeira “como manteiga”. O fabricante apelidou a arma de “Zaychyk”, que significa “Coelho”, no idioma ucraniano.

Posteriormente, os invólucros impressos em 3D são então enviados para oficias do exército ucraniano para serem preenchidos com explosivos e usados na guerra. Essas bombas são utilizadas, por exemplo, para desferir ataques usando drones comuns, comprados lojas.

Armamento barato

Ainda que não substituam diretamente as munições feitas de forma profissional, a principal vantagem das bombas impressas em 3D é o preço.

Alguns modelos feitos pelos voluntários custa em torno de R$ 20. A impressora normalmente usada para a produção custa R$ 5,8 mil. O valor é bem menor de uma linha de montagem profissional que pode custar bilhões.

Além disso, outra vantagem é que não existe necessidade de reequipar as linhas de produção para produzir diferentes tamanhos e em diferentes modelos.

Isso ajuda os operadores de drones a fazer o melhor uso da capacidade de carga útil de um determinado modelo.

Tecnologia é decisiva na guerra

A guerra na Ucrânia tem mostrado o poder e a força de novas tecnologias, mudando o jeito tradicional de se fazer guerra. O conflito na Ucrânia demonstrou que as guerras do futuro serão cada vez mais por meio de sistemas aéreos autônomos e não tripulados.

Rússia e Ucrânia têm usado drones de longo alcance desde fevereiro do ano passado, por exemplo, para monitorar tropas inimigas ou para carregar bombas guiadas a laser.

Além disso, com o auxílio da IA (Inteligência Artificial), os ucranianos têm conseguido promover ataques precisos. Eles também têm feito uso dessa tecnologia para vigilância e reconhecimento do inimigo.

Assine a newsletter do Giz Brasil

Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas