Apple Watch Series 6 deve trazer um novo olhar para recursos que não são tão novos assim

Há uma boa chance de que a Apple apresente o Apple Watch Series 6 durante o evento programado para a tarde desta terça-feira (15). Já sabemos muito sobre o que está por vir com a atualização do watchOS 7, mas algumas coisas ainda são um mistério. O rumor que mais tem sido comentado é que, […]
Imagem: Caitlin McGarry/Gizmodo

Há uma boa chance de que a Apple apresente o Apple Watch Series 6 durante o evento programado para a tarde desta terça-feira (15). Já sabemos muito sobre o que está por vir com a atualização do watchOS 7, mas algumas coisas ainda são um mistério. O rumor que mais tem sido comentado é que, embora não haja muitas novidades de hardware, provavelmente veremos um Series 6 com uma função inédita: monitoramento do nível de oxigênio no sangue.

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Isso é legal. E não digo isso de maneira sarcástica. Existem muitas finalidades para monitoramento de oxigênio no sangue que se encaixam perfeitamente com as tentativas da Apple de fazer um dispositivo ainda mais útil para a saúde. Acontece que essa funcionalidade não é algo inédito no campo dos aparelhos vestíveis.

Como uma atualização, a Fitbit adicionou sensores de SpO2 — os LEDs vermelhos usados ​​para medir os níveis de oxigênio no sangue — ao smartwatch Ionic, lançado em 2017. Fitbits que chegaram depois também incluíram os sensores, mas foi só no início deste ano que a companhia lançou um recurso de “variação estimada de oxigênio no sangue”.

Os rastreadores e relógios Garmin também têm esses sensores, usados ​​para calcular sua “bateria corporal” ou como você se lidou com sua energia entre os treinos. A fabricante Polar também inclui os sensores em alguns de seus wearables, e ainda em 2020 a Samsung lançou um app de monitoramento de oxigênio no sangue para o Galaxy Watch 3.

Os haters da Apple adoram zombar que as plataformas concorrentes possuem recursos que a Apple leva anos para colocá-los nos dispositivos da empresa — é só olhar como alguns usuários reagiram à WWDC deste ano, que trouxe para o iOS várias funções que há anos existem no Android.

Mas quando se trata de monitoramento de oxigênio no sangue, é um ponto que vale a pena considerar. Se um sensor de SpO2 está realmente chegando ao Series 6, terá que habilitar algo realmente especial para impressionar os consumidores.

O monitoramento da frequência cardíaca já existia há muito tempo quando a Apple decidiu introduzir o recurso de ECG liberado pela Food and Drug Administration no Series 4 — e que já está disponível no Brasil. É um movimento que o Fitbit e a Samsung estão apenas alcançando agora, dois anos depois.

A Apple vai anunciar que obteve autorização da FDA para o diagnóstico de apneia do sono, algo que a Fitbit está buscando? Quem sabe, mas se alguma empresa poderia fazer esse tipo de revelação dramática, seria a Apple.

Outra coisa que finalmente está chegando ao Apple Watch é o rastreamento nativo do sono. No entanto, como observamos em nossa prévia do watchOS 7, o recurso é bastante básico. Embora isso pareça ser intencional, é um pouco decepcionante, porque vários outros rastreadores e smartwatches fornecem análises altamente detalhadas de seus estágios de sono e tendências ao longo do tempo.

Usando o watchOS beta, descobrimos que o rastreamento gasta cerca de 20% da bateria durante a noite e exige que você faça ajustes em sua programação de carregamento. Esta não é necessariamente uma demanda absurda, e muitos usuários do Apple Watch com quem conversei não se importam em carregar seus relógios todos os dias.

Mas se os leitores do Gizmodo são uma indicação, a vida útil da bateria do Apple Watch, que dura apenas um dia, é uma das principais razões por que algumas pessoas não entraram no hype do relógio da Apple.

Isso é justo quando você considera que as Fitbits conseguem fornecer métricas avançadas de sono enquanto duram quase uma semana com uma única carga. A duração da bateria de vários dias também é algo que a Garmin e a Polar descobriram, e até mesmo smartwatches econômicos, como o Metropolitan R da Timex, duram mais do que meras 24 horas.

Imagem: Caitlin McGarry/Gizmodo

Não me entenda mal. É empolgante que o rastreamento do sono esteja chegando ao Apple Watch e, com toda a justiça, o principal ponto da Apple é apenas apresentar um recurso quando a empresa sentir que acertou em cheio. Havia muitos rumores de que o rastreamento do sono seria lançado com o Series 5 no ano passado, mas a companhia esperou até este ano para lançar a função. Eu não ficaria surpresa se a Apple mantivesse o rastreamento de sono fazendo só o básico por enquanto, porque um rastreamento mais avançado exigiria compromissos de desempenho que o Apple Watch atual não consegue atender.

Em todo o caso, todos esperam que a Apple seja a empresa líder quando se trata de recursos de saúde para aparelhos vestíveis. A companhia tem feito isso de várias maneiras: desde o diagnóstico de fibrilação atrial até o lançamento dos próprios estudos clínicos sobre saúde reprodutiva, saúde cardíaca e audição.

E talvez seja culpa da própria Apple, mas desde o Series 3, ela realmente se superou ao adicionar mudanças significativas a cada relógio (e adicionar grandes melhorias a cada atualização do watchOS). O Series 3 adicionou suporte a redes 4G/LTE. O Series 4 melhorou a exibição e adicionou leituras de ECG. O Series 5 veio com uma reformulação nos apps de Saúde e Atividade, além de uma tela sempre ativa, acompanhamento de período menstrual e monitoramento de nível de ruído.

Se o Series 6 adicionar sensores que já vimos em outros dispositivos, a menos que esses sensores permitam métricas ou ferramentas de diagnóstico mais significativas, será um pouco decepcionante e não virá nada muito surpreendente. A boa notícia é que não precisaremos mais esperar tanto tempo para descobrir. O evento da Apple começa hoje às 14h, pelo horário de Brasília.

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