Caso Blink-182: laboratório divulga análise sobre suposto metal extraterrestre
O incidente de Roswell, que ocorreu em 1947, nos EUA, é o caso mais famoso sobre OVNIs na Terra, inspirando várias obras da cultura pop, como o nome da gravadora da banda de rock Foo Fighters e a ufologia do Blink-182.
No entanto, o caso continua a chamar atenção do público após 77 anos, mesmo após relatórios oficiais descartando a possibilidade de origem extraterrestre.
O que surpreendeu, tanto à época quanto atualmente, foram as peças de metal que pertenciam ao objeto, gerando especulações sobre sua origem extraterrestre.
Hoje, apesar de inspirar a banda de Dave Grohl, quem quer descobrir se houve atividade extraterrestre em Roswell é o astro Tom DeLonge, vocalista do Blink-182 – mas bem de perto.
O vocalista lidera a organização To The Stars, cujo lema é provar que “alienígenas existem”, em alusão a uma música de sua banda.
Aliás, a banda tocou a música “Aliens Exists” em sua apresentação no Lollapalooza deste ano, com DeLonge usando uma camiseta da To The Stars. Veja:
To The Stars
Desde 2015, Tom DeLonge e sua organização seguem com a missão de investigar e confirmar fenômenos extraterrestres, sobretudo do incidente de Roswell.
Em 2019, o vocalista do Blink-182 afirmou ter uma amostra “com materiais exóticos” que poderiam ser parte do metal do OVNI, pois acreditavam que sua origem (na Terra) era em Roswell.
O metal, aparentemente, tinha uma estrutura sem precedentes, possivelmente indicando tecnoassinaturas, que são propriedades capazes de fornecer evidências científicas de vida inteligente extraterrestre.
Desse modo, o metal chamou a atenção dos EUA, que haviam criado o AARO (Escritório de Resolução de Anomalias de Todos os Domínios) recentemente. O AARO é o órgão para investigar Fenômenos Anômalos Não Identificados, os UAPs, nova sigla que os EUA adotou para OVNIs.
Análises do suposto metal extraterrestre
A organização do vocalista do Blink-182 cedeu o suposto metal extraterrestre ao AARO, que investigou as propriedades químicas e físicas do suposto metal.
Composto por zinco e magnésio, o metal possuia características que apontavam para a possibilidade de levitação. Além disso, o material continha bismuto, chumbo e outros elementos.
O AARO, em busca de respostas, solicitou ajuda do Laboratório Nacional de Oak Ridge (ORNL), para determinar a origem do metal e o bismuto, sobretudo seu uso como um guia de ondas em tera-hertz, que consegue guiar ondas eletromagnéticas.
O laboratório analisou o suposto metal, buscando bioassinaturas e tecnoassinaturas que pudessem revelar a origem extraterrestre do objeto. No entanto, a análise revelou que o objeto tinha origem terrestre devido às assinaturas isotópicas que consistem com as que existem na Terra.
Sem evidências de bioassinaturas, o laboratório focou as análises em busca de tecnoassinaturas, utilizando microscopia de transmissão de elétrons para estudar a estrutura cristalina da amostra.
Novamente, as propriedades foram similares às de ligas metálicas de magnésio encontradas na Terra.
Para não decepcionar o vocalista do Blink-182, o laboratório dos EUA ainda conduziu investigações sobre o funcionamento do metal como um guia de ondas terahetz.
“Aliens don’t exist”: conclusão frusta vocalista do Blink-182
No entanto, a conclusão foi que o metal não era uma tecnologia extraterrestre, enfatizando que o material foi fabricado na Terra, apesar da combinação incomum de elementos.
A organização de Tom DeLonge reconheceu as análises, mas o vocalista do Blink-182 afirmou que segue na busca para identificar objetos extraterrestres pelos EUA. Em comunicado, a organização citou que as análises deixaram de lado algumas questões, mas agradeceu o empenho do ORNL.
De acordo com o relatório do laboratório, o metal pode ser um material do pós-guerra, utilizado em aeronaves mais leves em projetos experimentais, assim como os materiais encontrados em Roswell.