Nova York interrompe emissão de licenças de motoristas da Uber por causa de trânsito e baixos salários

Em um grande golpe em apps de aplicativo, como Uber e Lyft, o Conselho da Cidade de Nova York aprovou nesta quarta-feira (8), a suspensão de emissão de novas licenças para motoristas dessas plataformas. A pausa nas emissões de licenças pelo período de um ano dará ao conselho tempo para pesquisar o estado atual de […]

Em um grande golpe em apps de aplicativo, como Uber e Lyft, o Conselho da Cidade de Nova York aprovou nesta quarta-feira (8), a suspensão de emissão de novas licenças para motoristas dessas plataformas.

A pausa nas emissões de licenças pelo período de um ano dará ao conselho tempo para pesquisar o estado atual de veículos de aplicativo na cidade e tentar estabelecer regras de pagamento mínimo aos motoristas desses serviços.



O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, tem proposto medidas fortes contra a modalidade, que cresceu rapidamente em Nova York e atraiu críticas por ajuda a aumentar o nível de congestionamento.

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Em um comunicado ao New York Times, a Uber diz que “a pausa da cidade na emissão de novas licenças vai ameaçar uma das poucas opções confiáveis de transporte, enquanto a cidade não estabelece medidas para melhorar os metrôs ou reduzir o trânsito de veículos”.

O Lyft nos disse por e-mail que “estes cortes radicais no transporte vão levar os moradores de Nova York de volta à uma era de dificuldades para fazer uma corrida, particularmente em comunidades com pessoas de cor e em bairros mais distantes.”

Congestionamento não é o único problema que a cidade quer tentar resolver. Os baixos ganhos desses motoristas já foram bem documentados pela imprensa, e os efeitos dessas companhias são contrastados por uma onda de suicídios de motoristas de táxi no começo do ano.

Em um comunicado, a Amalgamated Transit Union, sindicato que representa funcionários do ramo de transporte, chamou a decisão de “um importante passo na luta por justiça para motoristas de aplicativo” e criticou companhias como Uber e Lyft por “não pagarem um salário decente, não oferecerem um seguro de saúde, não pagarem horas extras, não terem planos de aposentadoria, não terem sistemas de compensação aos trabalhadores, seguro desemprengo e o direito de se unirem em um sindicato para poderem negociar direitos.”

É importante notar que fora Londres, que proibiu o Uber por um bom tempo, Nova York é uma das primeiras cidades a tomar medidas grandes contra as empresas de aplicativo.

Dependendo do sucesso da empreitada, isso pode se espalhar pelo mundo, sobretudo em locais em que essas plataformas aumentaram o trânsito ou em cidades onde os motoristas ganham muito pouco e chegam quase a pagar para trabalhar.

[NYT]

Imagem do topo por Drew Angerer/Getty

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